segunda-feira, 27 de junho de 2011

Depósito Legal recebeu 97 mil obras em 2010

A Divisão de Depósito Legal da Fundação Biblioteca Nacional tem a responsabilidade de preservar a produção cultural brasileira. Para isso, procura assegurar junto às editoras de todo o país o cumprimento da Lei do Depósito Legal, de 1907, que determina que pelo menos um exemplar das obras publicadas sejam enviadas à BN. O resultado desse trabalho pode ser medido em números: só no ano passado foram recebidas 97 mil peças – sendo 89 mil livros, revistas e jornais, 2.100 CDs, DVDs e CD-ROMs, além de mapas, partituras e materiais iconográficos, entre outros. “A lei do Depósito Legal de arquivo fonográfico é nova [janeiro de 2010]. Por isso, recebemos pouco, mas vamos intensificar a cobrança em 2011 e aumentar este número”, diz Daniele Del Giudice, chefe da Divisão. Está sendo feita a reestruturação e ampliação do setor. “Vamos sair mais da Biblioteca e é ir às editoras, gravadoras, bienais e encontros setoriais”, diz. A meta é ultrapassar 100 mil peças este ano.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A qualidade da universidade brasileira

Artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite no jornal Folha de S. Paulo de hoje (22).

Há exatos 35 anos, em 22/6/1976, escrevi o artigo inaugural da seção "Tendências/Debates", intitulado "Tecnologia e humanismo". Desde então, especialmente nos últimos dez ou 12 anos, ficou universalmente reconhecida a importância das universidades ditas de pesquisas para o desenvolvimento econômico de seus respectivos países.

Como consequência, proliferaram diferentes esquemas de avaliação, em que se incluem ordenações por qualidade (ranking). Embora opiniões sobre o que seja qualidade divirjam, é notável a convergência das classificações das universidades de todo o mundo, realizadas com critérios distintos. Exemplo expressivo é o fato de que, dentre as dez primeiras classificadas, estão quase sempre as mesmas sete ou oito americanas e as duas ou três inglesas, quaisquer que sejam os critérios.

Essas características ocorrem até pelo menos a ducentésima posição, embora sem a mesma acuidade que no caso das dez primeiras. A pertinência dessas avaliações, incômodas, para dizer o menos, para certos acadêmicos, não surpreendentemente é contestada.

Se no Brasil as avaliações negativas de suas universidades serviram apenas para provocar ressentidos diatribes inconsequentes, em países maduros e em outros emergentes elas ao menos produziram tentativas de identificação das razões das deficiências de suas instituições de ensino superior; em alguns casos, reformas já foram encetadas.

O presidente da Universidade Yale (EUA), Richard C. Levin, em recente artigo na revista "Foreign Affairs", mostra como a China elegeu nove universidades (denominadas C9) para concentrar recursos, o que já havia acontecido com Japão, Coreia do Sul e Taiwan. A agenda da Índia é ainda mais ambiciosa, com 14 universidades escolhidas. Os países que estão se desenvolvendo mais aceleradamente no Oriente imitam nesse aspecto os EUA e a Inglaterra.

A França encomendou um estudo a um grupo de intelectuais provenientes de vários países (a "Missão Aghion"), com a finalidade justamente de identificar as diferenças entre as grandes universidades do exterior e as francesas. O relatório resultante serve melhor ao Brasil que à França. Abaixo, listamos as diferenças essenciais entre as universidades brasileiras e as universidades mais bem qualificadas dos EUA e da Inglaterra.

1 - O órgão máximo no Brasil, o conselho universitário, é constituído essencialmente por membros da corporação interna (70 na Unicamp e cem na USP), enquanto nas grandes universidades do exterior o órgão colegiado supremo é formado por uma grande maioria de cidadãos prestantes externos à universidade (entre dez e 15), frequentemente empresários, dirigentes de instituições da sociedade civil etc.

2 - Enquanto no Brasil eleições de reitores e diretores se fazem entre e por grupelhos da corporação interna, desnaturando a atividade acadêmica, nas boas universidades do exterior o conselho escolhe um comitê de busca para procurar seus reitores e diretores, principalmente fora da universidade.

3 - No Brasil, tudo favorece a endogenia ("inbreeding"), enquanto no exterior uma pluralidade de mecanismos é adotada para eliminá-la em todos os níveis da carreira universitária. São escolhidos fora da universidade os professores titulares e, por vezes, os associados.

4 - Finalmente, nas universidades americanas o pesquisador-docente só alcança estabilidade, e assim mesmo precária, no fim da carreira; aqui, começa como vitalício. Sabemos, portanto, por que nossas universidades são deficientes.

Resta ver se temos vontade política para mudar, o que não fizemos nesse intervalo de 35 anos.

Rogério Cezar de Cerqueira Leite, 79, físico, é professor emérito da Universidade Estadual de Campinas, presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

I Seminário Vi(r) Ver as Bibliotecas – 30 de Junho


PROGRAMAÇÃO
9.00 – Recepção de participantes – entrega de documentação

9.30 - Sessão de abertura – Reitor da UBI; Presidente do Politécnico; Governadora Civil; Isabel Marques (CIBE-RBE)

10.15 - 1ª Conferência Plenária – Teresa Calçada – Rede de Bibliotecas Escolares

11.00 - Coffee break

11.15 - 1º Painel Seminário – “Articulação da Biblioteca Escolar e currículo: O Papel da planificação estratégica na construção do percurso de um leitor”
§ José Saro (CIBE – RBE)
§ Carina Franco (Agrupamento de Escolas A Lã e a Neve – Covilhã)
§ Natividade Pires (ESE Castelo Branco)
§ Painel moderado por Paulo Osório (Universidade Beira Interior)

13.00 – Almoço (Livre)
14.30 – Início dos trabalhos - tarde

14.30 - 2º Painel Seminário – “Os Percursos a trilhar na formação de leitores”
§ Ana Bela Martins (RBE)
§ Fernando Azevedo (Universidade do Minho)
§ Manuela Barreto Nunes (Biblioteca Geral da Universidade Portucalense)
§ Nuno Marçal (Bibliomóvel - C.M. Proença-a-Nova)
§ Painel moderado por Carla Fernandes (DREC)

16.00 - 3º Painel Seminário – “O Papel do Marketing das bibliotecas na construção de novos utilizadores/ leitores”
§ Pedro Príncipe (Serviços de Documentação da Universidade do Minho)
§ Luísa Alvim (Casa de Camilo - Museu e Centro de Estudos)
§ Bruno Duarte Eiras (Biblioteca Municipal de Oeiras)
§ João Rui (Agrupamento de Escolas de Nelas)
§ Painel moderado por Pedro Rafael (Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha)

17.30 - Intervalo – Coffee break

17.45 - 2ª Conferência Plenária – Fernando Pinto do Amaral – Plano Nacional de Leitura

18.15 – Conclusões: Isabel Marques (Coordenadora Interconcelhia RBE)

18.45 - Sessão de encerramento: Comissão Organizadora: António Pais (ESE-IPCB); Graça Sardinha (Departamento Letras UBI); Isabel Marques (Coordenadora Interconcelhia RBE); José Luís Adriano (CFAEBI – Centro de Formação da Associação de Escolas da Beira Interior); Pedro Rafael (AESG - Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha – Fundão)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Lançamento do v. 1, n. 1 da revista Perspectivas em Gestão & Conhecimento

Prezados,

Comunicamos o lançamento do Vol. 1, N. 1 de 2011 da revista científica eletrônica Perspectivas em Gestão & Conhecimento - PG&C.


No ensejo, agradecemos a todos que colaboraram para a realização da PG&C, como um canal destinado à promoção da multiplicação e encontros entre olhares e saberes sobre Gestão e Conhecimento, e convidamos a comunidade acadêmico-profissional para visitar o site da revista: http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc.

Cordiais saudações com votos de uma prazerosa leitura.

Os Editores
Jorge de Oliveira Gomes e Luciana Ferreira da Costa
Universidade Federal da Paraíba

Perspectivas em Gestão & Conhecimento
Vol. 1, No 1 (2011)
Sumário
http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc/issue/view/854

Editorial
--------
BEM-AVENTURANÇA À MULTIPLICAÇÃO E AO ENCONTRO DE OLHARES E SABERES SOBRE GESTÃO E CONHECIMENTO (1-3)
Jorge de Oliveira Gomes, Luciana Ferreira da Costa


Artigos de Revisão
--------
GESTÃO DO CONHECIMENTO CÉTICO (4-14)
Rafael Capurro

O CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA (15-24)
Emeide Nóbrega Duarte, Maria Luiza da Costa Santos

PROCESSAMENTO COGNITIVO DA INFORMAÇÃO PARA TOMADA DE DECISÃO (25-39)
Edson Rosa Gomes da Silva, Thiago Paulo Silva de Oliveira, Sonali Paula Molin Bedin, Aires José Rover

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL SOB A ÓTICA DE UM SISTEMA DE REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICO (40-58)
Juliana Leonardi, Rogério Cid Bastos, Silvia Modesto Nassar

A ARQUIVÍSTICA COMO DISCIPLINA APLICADA NO CAMPO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (59-73)
Fernanda Ribeiro


Relatos de Pesquisa
--------
O USO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SEUS REFLEXOS NA CULTURA ORGANIZACIONAL E NO COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES (74-91)
Fabiana Borelli Amorim, Maria Inês Tomaél

A PERCEPÇÃO DE ALUNOS SOBRE O MÓDULO DE CAPITAL INTELECTUAL E GESTÃO DE PESSOAS EM UM CURSO DE MBA NA MODALIDADE A DISTÂNCIA (92-105)
Juliana Vieira Queiroz, Fabio Scorsolini-Comin

IMPACTO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE DOIS HOSPITAIS PÚBLICOS PORTUGUESES NA EXECUÇÃO DOS SEUS OBJECTIVOS (106-124)
Jorge Alves Faria, Rui Bento Madeira

POLÍTICAS E PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (125-149)
Susane Barros, Othon Jambeiro

NIVELES DE INSTITUCIONALIZACIÓN DE LA BIBLIOTECOLOGÍA Y CIENCIA DE LA INFORMACIÓN EN ARGENTINA: UNA APROXIMACIÓN DESDE UN ENFOQUE EMPÍRICO (150-162)
Gustavo Liberatore

PERIÓDICOS ELETRÔNICOS COM O USO DO SEER NO RIO GRANDE DO SUL: CRITÉRIOS DE QUALIDADE (163-179)
Jeane De Lucia Barros Lima, Angélica Conceição Dias Miranda


Relatos de Experiência
--------
ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE MODELO DE GESTÃO DE PESSOAS ORIENTADO POR COMPETÊNCIAS (180-193)
Letícia Gomes Maia, Melissa de Machado Moraes, Liziane Castilhos de Oliveira de Freitas

BOAS PRÁTICAS PARA A CONCEPÇÃO DE UMA PLATAFORMA LOGÍSTICA DE BENS NÃO PERECÍVEIS: UM CASO DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL (194-206)
Luisa Margarida Carvalho, Maria Leonilde Reis


Expediente
--------
EXPEDIENTE DO VOL. 1, N. 1 DE 2011 DA PG&C (207-214)
Luciana Ferreira da Costa

domingo, 12 de junho de 2011

Bibliotecas que merecem entrar para o seu roteiro

Se hoje todos nós sabemos como é útil ter num mesmo lugar livros, periódicos e documentos para consulta, isso se deve a um antigo monarca de nome quase impronunciável. Foi o rei Assurbanipal II quem resolveu criar a primeira biblioteca do mundo na Assíria (local onde hoje fica o Iraque), há 2.700 anos! Sem saber, ele estava dando o pontapé inicial para o a criação das inúmeras bibliotecas que hoje se espalham por todas as partes.

Mas a primeira biblioteca realmente pública do mundo foi inaugurada somente no ano de 1833, na pequena cidade de Peterborough, nos Estados Unidos, e se consagrou como um novo marco na história, já que fez do conhecimento um bem público. A ideia foi tão boa que a biblioteca pública é considerada hoje a maior franquia concebida pelos norte-americanos, superando em alcance global negócios como a Starbucks e o McDonald's.

No Brasil, esses espaços ainda não são tão aproveitados pela população quanto poderiam, mas nós temos muitos motivos para mudar este cenário. Algumas das nossas bibliotecas são tão belas que merecem uma visita tanto para uma boa tarde de leitura, quanto para um passeio mais contemplativo. Confira nossa seleção e aventure-se pelo maravilhoso mundo dos livros!

1 – Recém-reformada, a Biblioteca Mário de Andrade foi inaugurada no ano de 1926 e é uma das edificações protagonistas do centro histórico de São Paulo. Segunda maior do Brasil, só perdendo para a Biblioteca Nacional (ver abaixo), ela teve suas instalações, projetadas pelo arquiteto francês Jacques Pilon e é considerada um marco do estilo Art Déco. Se o prédio é uma atração a parte, não resta dúvidas quanto a importância de seu acervo, com diversas raridades, entre elas livros que datam do século 15, manuscritos de personalidades como Rui Barbosa e cerca de 500 mapas raros, muitos dos quais também podem ser acessados online.

Quando visitar: segunda a sexta, das 8h30 às 20h30; sábado, das 10h às 17h.

2 – Maior acervo público do país do país, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro está abrigada desde 1910 num imponente prédio em estilo eclético no bairro da Cinelândia. Ao lado do Teatro Municipal e do Museu Nacional de Belas Artes, ela compõe um belíssimo conjunto arquitetônico no coração da capital fluminense. Uma curiosidade é que a biblioteca já existia bem antes do prédio e ocupava lugares improvisados que, com o passar do tempo, iam ficando pequenos para abrigar tamanha quantidade de livros e documentos. Hoje, com 9 milhões de itens no acervo, a Biblioteca Nacional, para orgulho de todos nós brasileiros, é considerada pela Unesco como a sétima maior biblioteca nacional do mundo, sendo a mais expressiva da América Latina!

Quando visitar: segunda a sexta das 9h30 às 17h30.

3 – Outro exemplar que integra um belo conjunto arquitetônico é a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte. Concebida em 1954 pelo então governador Juscelino Kubitschek, o prédio projetado por Oscar Niemeyer tem curvas peculiares que se harmonizam com edifícios de diferentes estilos na Praça da Liberdade, um dos pontos turísticos da capital mineira.

Quando visitar: segunda a sexta, das 8h às 20h; sábado, das 8h às 12h.

4 – Diferente dos grandes edifícios que vimos até agora, esta outra biblioteca pública se destaca pela dedicação de uma só pessoa. Criada em 1995, a Biblioteca Escola Crescimento Infantil (Becei), no humilde bairro de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, é um recanto de cultura. Fundada na sala da casa de Claudemir Cabral, que na época tinha apenas 15 anos, a biblioteca ganhou uma sede própria e hoje já possui 11 mil livros em seu acervo. Prova de que é possível fazer a diferença!

Quando visitar: segunda a sexta 10h às 22h; sábado das 12h às 22h; domingos e feriados nacionais das 12h às 18h.

5 - No centro de Porto Alegre encontramos a bela bilbioteca infantil Lucilia Minssen sediada na Casa de Cultura Mário Quintana, que por sua vez fica instalada num antigo hotel de luxo. O famoso Majestic, onde o escritor gaúcho Mário Quintana viveu entre 1968 e 1982, foi transformado em um espaço dedicado a imortalizar a história deste que foi um dos maiores poetas do Brasil. O quarto onde ele viveu permanece preservado do mesmo jeito até hoje. Local de encontros, festivais e confraternizações, o centro cultural é referência no país e tem a literatura como carro-chefe.

Quando visitar: segundas das 14h às 21h; terças às sextas das 9h às 21h; sábados e domingos das 12h às 21h.

6 – Apesar de ser totalmente digital, a Biblioteca de Obras Raras e Especiais da Universidade de São Paulo também vale uma visita. Seu site é uma boa viagem pelo tempo, pois permite a qualquer navegante embarcar em centenas de obras de séculos passados sem ter que sair do lugar. Um dos destaques do acervo é um exemplar da Crônica de Nuremberg (também conhecido como Liber Chronicarum), uma história do mundo recheada de ilustrações góticas e escrita em 1493.

Fonte:
http://www.bomdehumor.com.br/materia/3302-Bibliotecas_que_valem_o_passeio.htm

terça-feira, 7 de junho de 2011

Seminário Para ler a internet : Políticas e projetos de inclusão digital

O Seminário é uma promoção conjunta do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e tecnologia (IBICT) e o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Seu objetivo é divulgar ações de inclusão social promovidas pelo campo acadêmico, em níveis de pesquisa, ensino e extensão. O evento será realizado no dia 17 de Junho de 2011, no Auditório 211 do CCSA, Campus I - UFPB (João Pessoa, PB). As vagas são limitadas em função do espaço oferecido pelo auditório.