segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Portal de Periódicos da CAPES: treinamento on line em 2016

Além da capacitação promovida pelo Portal de Periódicos, haverá também treinamentos dos editores com os quais a Capes assina contrato
Em 2016, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) passará a ministrar os treinamentos do Portal de Periódicos via web. O principal objetivo é atender cada vez mais usuários da biblioteca virtual, uma vez que o meio digital permite o acesso rápido e fácil às informações, sem limitação do tempo dos instrutores ou da logística necessária para se colocar usuários e multiplicadores em um mesmo local e hora. A agenda do ano já está em andamento.
A tecnologia utilizada será o Mconf – serviço de multiconferência desenvolvido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), com ampla capacidade de comunicação em áudio e vídeo em tempo real. As inscrições continuam da mesma forma: os interessados devem acessar a área de Treinamentos do Portal para garantirem a participação. Além da capacitação promovida pelo Portal de Periódicos, haverá também treinamentos dos editores com os quais a Capes assina contrato. Ambos os tipos de sessões seguirão os mesmos padrões para inscrições, acessos e realização do curso.
Requisitos básicos
Para receber o certificado, é imprescindível que o usuário realize a inscrição no Portal, uma vez que o documento que atesta a participação no treinamento ficará disponível no “Meu Espaço”. O curso terá turmas todos os dias, em turnos intercalados. Para evitar intercorrências no acesso à sala de aula virtual, recomenda-se abrir o link de acesso ao Mconf – que será enviado para o e-mail cadastrado – pelo navegador Mozilla Firefox. Também é necessário ter os softwares Java e Flash atualizados no computador.
Resultados
Em 2015, foram realizados 35 treinamentos presenciais, qualificando um público de mais de quatro mil pessoas da comunidade acadêmica – docentes, pesquisadores, bibliotecários, alunos de graduação e pós-graduação e profissionais de diversas áreas. Em comparação com 2014, o número de turmas dobrou. A expectativa é de que cresça ainda mais em 2016, devido à facilidade proporcionada pelo Mconf para a prática das aulas.
Por meio da capacitação é possível verificar qual é o conteúdo que está disponível para a comunidade acadêmica e científica brasileira, compreender de forma mais clara as ferramentas de pesquisa que estão disponíveis e com isso facilitar o processo de busca pela informação desejada no menor tempo possível. Ou seja, essa oportunidade permite aos usuários reconhecer a informação que precisam e melhorar a habilidade de localizar, avaliar e usar efetivamente a informação.
Contato
Em caso de dúvidas sobre os treinamentos online, o e-mail de contato para atendimento aos usuários é treinamento.periodicos@capes.gov.br.
 Assessoria de Imprensa – Capes

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Universidades públicas poderão cobrar por pós-graduação lato sensu

Prezados seguidores do Blog Informação em cena,

Compartilho matéria veiculada no Jornal da Ciência sobre a possibilidade de cobrança, por parte das universidades públicas, pela pós-graduação lato sensu.

A proposta passará por votação em segundo turno.

Leiam a matéria. Aguardemos as próximas notícias sobre a questão.

Deputados retiraram do texto a possibilidade de cobrança pelo mestrado profissional
O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu, nesta quarta-feira (17), a votação da Proposta de Emenda à Constituição 395/14, do deputado Alex Canziani (PTB-PR), que permite às universidades públicas cobrar pela pós-graduação lato sensu. A matéria precisa ser votada ainda em segundo turno.
Na votação desta quarta-feira, os deputados retiraram do texto a possibilidade de cobrança pelo mestrado profissional. A exclusão desse ponto constava de destaque do DEM, aprovado por 445 votos a 10. O PCdoB e o PDT apresentaram destaques no mesmo sentido.
O texto-base da PEC – um substitutivo da comissão especial, de autoria do deputado Cleber Verde (PRB-MA) – foi aprovado em outubro de 2015, por 318 votos a 129, mas desde então faltavam ser votados os destaques.
Segundo o texto, o ensino público superior de graduação e de pós-graduação acadêmica continua gratuito, mas as instituições poderão cobrar pelos cursos de extensão e de pós-graduação lato sensu.
A exceção será para os programas de residência (em saúde) e de formação de profissionais na área de ensino, que continuarão gratuitos.
Em qualquer situação, deverá ser respeitada a autonomia universitária, ou seja, a universidade decidirá se deseja ou não cobrar pelos cursos.
Discussão no Supremo
Segundo o autor da proposta, várias universidades já oferecem cursos lato sensu e cobram por isso. De acordo com Canziani, com a retirada do mestrado profissional da possibilidade de cobrança será possível avançar na votação da matéria e “permitir que as universidades públicas continuem a cobrar pela pós-graduação lato sensu, trazendo importante fonte de recursos”.
O assunto da cobrança pela pós-graduação lato sensu foi parar no Supremo Tribunal Federal porque o Ministério Público tem contestado a cobrança com base no argumento de que a Constituição prevê a gratuidade do ensino público oficial para todos os níveis.
Acordo com associação
Para o deputado Cleber Verde, a aprovação do texto vai encerrar processos judiciais que questionam a cobrança já feita por universidades públicas.
Segundo a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), a posição da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) foi a favor da retirada do mestrado profissional daqueles que poderão ser cobrados. “A retirada do mestrado profissional fez parte de um acordo com as universidades, que também precisam de reforços de dotações para funcionar com qualidade. O destaque procura melhorar esse aspecto da PEC”, afirmou.
Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), a PEC quebra o princípio da gratuidade do ensino público. “O destaque aprovado reduz um dano que seria o sinal de que o mestrado profissional pago teria o mesmo valor [de titulação] do mestrado acadêmico”, disse.
O acesso à PEC 395/2014 pode ser realizado aqui: http://www2.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=611966