sábado, 3 de dezembro de 2011

Parabéns!!!

Meus parabéns aos colegas do Departamento de Ciência da Informação da UFPB e aos alunos dos Cursos de Graduação em Biblioteconomia e Arquivologia por trabalhos aprovados para apresentação durante o 15º EREBD Cariri.
Estendo meus cumprimentos aos colegas e alunos das IFES
Desejo-lhes sucesso!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Revista Brasileira da Pós-Graduação (RBPG)

A Revista Brasileira da Pós-Graduação (RBPG) recebe, até o dia 31 de março de 2012, propostas de contribuições autorais para a edição de um número especial da RBPG, voltado ao tema Inovação Tecnológica na Pós-Graduação Brasileira.


O objetivo da edição temática é promover a reflexão e o debate multidisciplinar sobre políticas, experiências e aspectos de metodologias de ensino na pós-graduação, com foco na inovação. As propostas deverão ser encaminhadas, conforme especificam as normas para colaboração da RBPG, para o e-mail rbpg@capes.gov.br.

Confira a íntegra do edital com as normas para envio de artigos para esta edição: http://www.capes.gov.br/images/stories/download/editais/Edital_44-2011_RBPG_InovTecn.pdf.

RBPG - Lançada em agosto de 2004, a revista é voltada à divulgação de estudos, experiências e debates sobre a pós-graduação, sua situação, desafios, políticas e programas. De periodicidade semestral, está estruturada em quatro seções: Estudos, Experiências, Debates e Documentos.

Com uma média de 8,5 mil a 10 mil acessos por trimestre, a revista firmou-se como um importante veículo para a disseminação de estudos e debates sobre a pós-graduação. A cada número, são tratados temas variados como características da formação pós-graduada em várias modalidades, política da pós-graduação, demandas da comunidade científica e ações das agências de fomento. A RBPG desempenha ainda o papel de instrumento privilegiado para o estudo de temas referentes à colaboração científica internacional.

A publicação é distribuída para todas as bibliotecas e vários centros de informação do País e do exterior, além de estar disponível na página da Capes.
(Ascom da Capes)

sábado, 19 de novembro de 2011

Alunos analfabetos

Artigo de Frei Betto no Correio Braziliense de 18/11/2011.

No primeiro semestre deste ano, aplicou-se a Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) em turmas de alunos que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, em todas as capitais do País. Uma iniciativa do movimento Todos pela Educação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O resultado é alarmante. Constatou-se que 43,9% dos alunos são deficientes em leitura e 46,6% em escrita. Ou seja, são semialfabetizados. Não captam o significado do que leem e redigem uma simples carta com graves erros de sintaxe e concordância.

Quanto à leitura, quase metade (48,6%) dos alunos da rede pública correspondeu ao resultado esperado. Na rede de escolas particulares, o desempenho foi bem melhor: 79%. No item escrita, tiveram bom resultado apenas 43,9% dos alunos da rede pública. Na rede particular, 86,2% dos alunos se saíram bem em redação.

Os índices demonstram que, no Brasil, a desigualdade social se alia à desigualdade educacional. Alunos da rede pública, oriundos, na maioria, de famílias de baixa renda, não trazem de berço o hábito da leitura. Seus pais possuem baixa escolaridade e o livro não é considerado um bem essencial a ser adquirido, como ocorre em famílias de renda mais elevada.

De qualquer modo, é preocupante o fato de alunos, tanto da rede pública quanto da particular, não atingirem 100% de alfabetização ao concluir o 3º ano do ensino fundamental. O que demonstra falta de método de alfabetização, embora esta seja a nação que gerou Paulo Freire.

Uma criança que, aos 8 anos, tem dificuldade de leitura e escrita sente-se incapaz de lidar com os textos de outras disciplinas escolares, o que prejudicará seu aprendizado. Uma alfabetização incompleta constitui incentivo ao abandono da escola ou a uma escolaridade medíocre.

É hora de se perguntar se a progressão automática, isto é, fazer o aluno passar de ano sem provar estar em condições, é uma pedagogia recomendável. Com certeza, no futuro, o adulto com insuficiente escolaridade não merecerá aprovação automática em empregos que exigem concurso e qualificação.

Priscila Cruz, do Todos pela Educação, frisa a importância da educação infantil (creches, jardim da infância etc.) para dar à criança uma boa alfabetização. Para que se desperte na criança a facilidade de síntese cognitiva é importante que ela comece a ouvir histórias ainda no ventre materno.

O Brasil é um país às avessas. A Constituição de 1988 cometeu o erro de incumbir a União do ensino superior; o estado, do ensino médio; e o município, do ensino fundamental. Ora, uma nação se faz com educação. E a base reside no ensino fundamental. Dele devia cuidar o MEC.

Nenhum governo implementou, ainda, a revolução educacional sonhada por Anísio Teixeira, Lauro de Oliveira Lima, Paulo Freire e tantos outros educadores. Como acreditar que apenas quatro horas de permanência na escola são suficientes para uma boa educação? Por que os alunos não permanecem de seis a oito horas por dia na escola, como ocorre em tantos países?

No Brasil, 10% da população adulta é considerada analfabeta. No Chile, 3,4%. Na Argentina, 2,8%. No Uruguai, 2%. Em Cuba e na Bolívia, 0%. Outros fatores que contribuem para a semialfabetização são o desinteresse dos pais pelo desempenho escolar do filho e o longo tempo que este dedica à tevê e a navegar aleatoriamente na internet. Nessa era imagética, há o sério risco de se multiplicar o número de analfabetos funcionais ou de alfabetizados iletrados, aqueles que sabem ler, mas não interpretar o texto, e muito menos evitar erros primários na escrita.

O governo deve à nação uma eficiente campanha nacional de alfabetização, inclusive entre alunos dos 3º e 4º anos. Para isso, há que ter método. Há vários. Quem se interessar por um realmente eficiente, basta indagar do deputado Tiririca como ele se alfabetizou em dois meses, a tempo de obter seu diploma na Justiça Eleitoral.

Frei Betto é escritor.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Concessão de título Doutor Honoris Causa - Edson Nery da Fonseca


O admirável professor Edson Nery da Fonseca (o qual tive a honra de conhecer durante um ENEBD em Natal) receberá a outorga do título Doutor Honoris Causa, no dia 05 de dezembro de 2011, às 16:00 h, no Auditório da Editora Universitária da UFPE.

A concessão deste título ao Prof. Edson Nery da Fonseca é mais que merecida em reconhecimento à sua significativa contribuição para a Biblioteconomia brasileira.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pesquisa mostra que apenas 2% dos jovens querem ser professores

 















sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Professores estão excluídos do debate público sobre política educacional na América Latina, segundo pesquisa

 
Os professores estão fora do debate público sobre a educação e suas vozes não estão presentes nas coberturas jornalística da América Latina, segundo pesquisa do Observatório da Educação feita em 18 jornais do continente.

Foram analisadas mais de 1.200 reportagens de maio a julho deste ano. As matérias indicam que as políticas públicas implantadas, os novos temas, disciplinas e materiais para as aulas são modificados sem que os professores sejam consultados sobre a política educacional.

"O professor é sempre um personagem e nunca uma fonte para balizar a política pública. E a má qualidade do ensino é sempre atribuída a eles. Estão sendo responsabilizados, mas não têm seu direito de resposta", disse Fernanda Campagnucci, editora do Observatório da Educação, que participou do lançamento de Rede pela Valorização dos Docentes Latino-Americanos, na quarta-feira (9), na capital paulista.

Segundo Fernanda, a análise indicou que entre os temas mais comentados nos jornais estão a qualidade, seguida dos sistemas de avaliação, problemas de infraestrutura e violência nas escolas. Depois aparece a questão das tecnologias de informação na educação. "Nesse caso, dependendo do enfoque, entra em conflito com o docente, porque tem problemas de informação e uma ideia de que o aluno não precisa do professor para aprender porque consegue aprender sozinho com o computador". Outro problema destacado nas reportagens analisadas são as greves e paralisações.

A vice-presidente da Internacional de Educação da América Latina, Fátima Aparecida Silva, disse que no geral a categoria dos professores é composta principalmente por mulheres, que chegam a ser 80% no ensino infantil e médio, enquanto no superior há mais homens. Além disso, apontou que os professores estão envelhecendo ao redor do mundo, já que a média de idade é de 45 anos. "A profissão não atrai mais gente jovem. Nos últimos dez anos, os mais novos ficam cerca de quatro anos dando aula até encontrar outra ocupação melhor."

A ausência de formação é presente em todos os países, assim como a fata de um processo de negociação que traga valorização para a profissão, com diferenças entre a zona rural e urbana, tanto na formação quanto na remuneração. "Quando conversamos com os professores que vivem o dia a dia da aula, percebemos que eles reclamam ainda do número excessivo de alunos em sala de aula e da falta de participação nas políticas públicas, além da ausência de plano de carreira e do ressentimento por serem culpados pela má qualidade educacional."

A coordenadora do Comitê Diretivo da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), Camila Croso, disse que tem notado a tendência de desvalorização dos trabalhadores da educação, além do desprestígio e do processo de culpabilização e criminalização. "São tendências muito preocupantes, mas há também processos de resistência a tais tendências. Mas se sobressai o conjunto desvalorização, desprestígio e criminalização."

Ela destacou ainda a tendência à privatização traduzida no nome de parcerias público-privadas, que aponta para outro lado, procurando ser atrativa. Disse também que há um marcante discurso sobre resultados na aprendizagem que não avalia os rumos da educação, mas dentro do foco de escola como fábrica de seres homogêneos montados para o mercado de trabalho.

"Esse sistema de ranqueamento é preocupante porque o resultado é medido sobre o quê? Aí voltamos ao ponto de partida que é perguntar para que serve a educação. Toda análise parte do aluno homogêneo que tem que responder ao mercado de trabalho", assinalou Camila.

Ele também reforçou que há uma criminalização de professores e até dos alunos. "Há uma perda de noção do coletivo, porque há ataque aos sindicatos. Assim individualiza os professores e coloca o sistema de avaliação com prêmio e castigo. Desvaloriza o professor, porque leva a política de ensinar para o teste, para ir bem na prova. Adapta o currículo, se articula como o não protagonista do fazer pedagógico.".

Guillermo Williamson, da Universidad de La Frontera, do Chile, disse que em seu país a educação apresenta cifras de desigualdade e que não há gratuidade para o ensino. Lá, as universidades são pagas ou se têm bolsas de estudo para os pobres. "No Chile, 40% dos jovens podem ir à Universidade, mas se a família tem dois filhos precisa escolher qual deles pode ir ter o ensino superior".

Segundo ele, assim como no Brasil. os jovens estão desistindo de ser professores por conta da precarização do ensino. "Temos que trabalhar fortemente na educação pública estatal e podemos buscar a gestão social com cooperativas mistas com o Estado". Para ele é preciso retomar a função do professor, que em sua avaliação é ensinar os alunos e ser um mestre. Além disso ele destacou que é preciso que o professor recupere sua autoridade em sala de aula.
(Agência Brasil - 9/11)

Fonte: Jornal da Ciência

Universidade Federal: patrimônio do povo brasileiro

 
Artigo de João Luiz Martins e Gustavo Balduino enviado ao JC Email.

A Constituição de 1988 estabeleceu as competências dos diversos entes federados com os diferentes níveis de ensino. Na educação básica o MEC tem o dinheiro, governadores e prefeitos a obrigação. Ao que parece, buscou-se solucionar o problema com um teórico regime de colaboração, que até hoje não foi implementado. Esta ordem jurídica permitiu que cada prefeito, cada governador, cada ministro, com raras e honrosas exceções, tivesse a própria política de educação, não raro, ignorando solenemente a de seu antecessor. Um eterno recomeço, causa maior do nosso atraso na área.

Do império à república, todas as propostas de construção de um Plano Nacional de Educação não tiveram êxito. Uma esperança surgiu após a aprovação da LDB/1996, que resultou na aprovação pelo Congresso Nacional do PNE (2001-2010). O plano era uma boa radiografia para a educação do futuro, eram 295 metas que acabaram sendo uma frustração. Hoje temos a discussão de um novo plano, PL 8.035/2010, mais simplificado, mas não menos abrangente, que teve origem na Conferência Nacional de
Educação (Conae).

Diante da ausência de Política de Estado para a Educação, as conseqüências não poderiam ser diferentes, isto é, o desenvolvimento de uma visão de Educação fragmentada, que priorizava um nível de ensino em detrimento aos demais. Na esteira desta história é preciso registrar o quanto nossos profissionais da Educação, em todos os níveis, foram afetados, desvalorizados, reprimidos, gerando em todo este exército de nobres atores uma desmotivação geral. Hoje é praticamente impossível motivar nossos jovens a escolher a carreira docente.

A desconsideração do contexto histórico e da realidade brasileira leva a diagnósticos simplórios, e prejudica a avaliação da educação. No caso das instituições federais de ensino superior, este vício induz erroneamente à conclusão de falta de qualidade, má gestão e alto custo. Felizmente hoje estes discursos estão restritos às mesmas concepções neoliberais, envergonhadas, porém vivas.

No Brasil, pela sua construção histórica, as Universidades Federais têm mais de uma missão: produção de conhecimento, formação de recursos humanos qualificados, de professores para o ensino superior privado e educação básica, além de estabelecer referências de qualidade para o sistema e, não menos importante, a assistência à saúde para milhões de brasileiros.

Nestes últimos anos, cumprindo uma missão a mais, as Universidades Federais, em um vigoroso processo de crescimento, estão duplicando o número de vagas. Por isso, investimentos importantes estão sendo aportados, bem como a contratação de pessoal para garantir a expansão e a inclusão com qualidade. Entretanto, sabemos que este esforço é insuficiente para atender a demanda.

Nosso país ocupa o décimo terceiro lugar na produção de artigos científicos. No entanto o mapa referente à pós-graduação, à pesquisa e à distribuição de pesquisadores, a exemplo dos indicadores econômicos e sociais, demonstra assimetrias regionais perversas, que precisam ser superadas. Para dar conta das demandas da sociedade por mais vagas, e ainda produzir novos conhecimentos e ciência aplicada com responsabilidade social, é necessária a contratação de docentes e técnicos, compromisso assumido pelo governo federal com as Universidades. Estes são projetos de crescimento com equidade, que exigem investimentos perenes. Receita pouco original, esquecida por décadas e retomada nos últimos anos. Certamente o Congresso Nacional e a sociedade brasileira estão em sintonia com esses objetivos.

Neste contexto histórico, com poucos anos de criação, cientes dessas e de outras missões, é que as Universidades Federais nasceram, resistiram e agora se tornam instrumento do Estado para formulação e implementação de políticas públicas. Ao contrário do que afirmam seus detratores, quase sempre personagens que não as conhecem, as universidades federais fazem parte da solução e não dos problemas nacionais.

João Luiz Martins é reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), doutor em Matemática Aplicada e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Gustavo Balduino é engenheiro mecânico, advogado e Secretário Executivo da Andifes.

Fonte: Jornal da Ciência

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Quem ainda quer ser professor?

Há fortes evidências, nos dias atuais, de que a profissão docente vive uma crise sem precedentes na história do nosso ensino. A despeito da grande diversidade de condições da oferta e demanda por escolarização, tanto no que se refere à condição docente quanto à condição discente, produto da diferenciação sociocultural e das desigualdades socioeconômicas, essa crise atravessa a estrutura da escola de alto a baixo.

Ela combina ingredientes de natureza muito diversa, mas o elemento-chave da sua explicação é o baixo valor do diploma de professor, sobretudo na educação básica, tanto no mercado de bens econômicos (salário) quanto no mercado de bens simbólicos (prestígio). Esse baixo valor do diploma expressa um terrível paradoxo: quanto mais expandimos a oferta do ensino, maior se revela nossa dificuldade de formar professores para atendê-la.

Estamos pagando o preço caro de uma conquista. Desde o século 18, na Europa, e pelo menos desde o final do século 19, no Brasil, reivindica-se educação como direito do cidadão e dever do Estado. Pois bem, todos - ou quase todos - vieram para a escola. Vieram os camponeses, os das periferias urbanas, os indígenas, os deficientes físicos e, inclusive, os que não querem saber de escola. Vieram por direito, resultado de lutas históricas pela sua inclusão nos sistemas de ensino. Mas, como não há milagres em matéria de educação e ensino, isso também exigiria formar em quantidade e qualidade os professores que dariam conta dessa tarefa em condições que obedecessem a patamares mínimos de decência.

O Brasil universalizou recentemente o ensino fundamental e trabalha arduamente para universalizar, até 2016, a educação infantil e o ensino médio, cujo atendimento está na casa de míseros 50%. Não bastasse a escassez de professores para a demanda atual, que o MEC já contabiliza na casa dos 250 mil, sobretudo para o ensino das ciências, universalizar a educação básica implica a necessidade de formar mais e bem os professores para realizar a tarefa. Essa legítima proposta do Plano Nacional de Educação esbarra, contudo, em problemas cuja gravidade nos deixa poucas expectativas para sua realização.

Um desses problemas é a baixa atratividade da carreira docente, com recrutamento dos estudantes dos cursos de licenciatura justamente entre aqueles de escolarização básica mais precária. Indicador preocupante dessa baixa atratividade está expresso na relação candidato/vaga dos últimos 13 vestibulares da UFMG (2000-2012), o que parece estar longe de ser uma situação exclusiva desta Universidade. Em 2000, dos 17 cursos mais concorridos, seis formavam professores. Para o vestibular 2012, não há um único curso de licenciatura entre os 15 mais concorridos.

Mantida a atual tendência, em três ou cinco anos não teremos candidatos aos cursos de licenciatura. Cursos como Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Pedagogia, que eram disputados numa correlação de 12 a 30 candidatos por vaga, há dez anos, para 2012 contarão, respectivamente, com 3,5; 2,1; 1,6; 4,8; 1,4; 2,9 e 3,0 candidatos para cada vaga. Mesmo considerando que houve aumento do número de vagas em alguns deles, redução da concorrência em outros cursos que não os de licenciatura e que caiu de 18 para 9 a média geral da relação candidato/vaga na universidade, a generalizada queda da concorrência nos cursos de licenciatura é forte evidência de que há pouco interesse pela docência atualmente.

Mas isso é apenas parte do problema. Um segundo elemento a ser considerado é o elevado índice de desistência da profissão. Grande número dos que se formam professores não terão as salas de aula como destino ocupacional. A universidade fez elevado investimento, nas duas últimas décadas, criando cursos exclusivamente de licenciatura, em que a escolha precede o vestibular. Grande parte dos alunos desses cursos diz explicitamente que a sala de aula não é a sua opção. E um dos motivos mais apontados é a informação sobre o elevado índice de abandono da profissão, isto é, professores experientes que se afastam por adoecimento ou por não suportarem mais ser vítimas de violência física e/ou simbólica no cotidiano da sala de aula.

Internamente, a Universidade tem enfrentado o problema com ações como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que concede bolsas de estudos e um trabalho de formação diferenciada para alunos dos cursos de licenciatura. Contudo, se não forem modificadas as condições gerais da docência, para fazer dela uma carreira atraente, simplesmente não teremos professores para atuarem na universalização da educação básica.

Artigo de João Valdir Alves de Souza. João é professor de Sociologia da Educação na FeE/UFMG, coordenador do Colegiado Especial de Licenciatura e do Grupo de Pesquisa sobre Formação de Professores e Condição Docente.

Fonte: Jornal da Ciência

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mobilização em favor da Educação e C,T&I

A SBPC e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) realizam na próxima segunda-feira (7), em São Paulo, um ato público para tentar reverter o quadro atual de distribuição dos royalties do petróleo que não inclui um percentual de destinação para as áreas de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I).


O evento será realizado na sede da SBPC e reunirá dirigentes de instituições de educação e C,T&I, docentes, pesquisadores, parlamentares e autoridades dos governos estadual e federal. O evento é aberto ao público.

Em carta encaminhada aos convidados, a SBPC ressalta que o Senado, ao aprovar Projeto de Lei 448 sem definir recursos para educação e C,T&I, deu as costas para as futuras gerações, uma vez que esses recursos deveriam também ser usados para suprir as graves carências do sistema brasileiro de ensino, especialmente na educação básica e no ensino técnico. Além disso, investimentos em C,T&I são imprescindíveis para que a economia brasileira se torne moderna e sustentável e sua produção tenha competitividade nos mercados globais.

"Não houve por parte do Senado sensibilidade para entender que este pleito visava proteger as futuras gerações da nação brasileira, que clama por mais acesso ao conhecimento", afirmou a presidente da SBPC, Helena Nader, lembrando que isso "só poderá ser alcançado com educação de qualidade baseada na apropriação da capacidade de gerar avanços científicos e tecnológicos."

Nota da redação - A petição pública da SBPC e da Academia Brasileira de Ciências (ABC) em defesa de recursos específicos para Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) na distribuição dos royalties do petróleo a ser extraído da camada pré-sal permanece ativa. Para subscrever o documento acesse o abaixo-assinado disponível em http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=PL8051.

Serviço - O ato público da SBPC em ABC será realizado no dia 7 de novembro, das 14h30 às 17h30, na sede da SBPC (Rua Maria Antonia, 294, Vila Buarque - São Paulo, SP). Os interessados em participar devem confirmar presença pelo tel. (11) 3355-2130.

(Ascom da SBPC e JC)






terça-feira, 1 de novembro de 2011

Como fazer apresentações no estilo Steve Jobs


As informações deste post foram adaptadas da matéria publicada por Juliano Barreto na coluna Info, da Revista Exame e baseia-se nas apresentações de Steve Jobs.

Confira as dicas de Carmine Gallo, traduzidas por Barreto, para melhorar suas apresentações seguindo o estilo Steve Jobs:
Três atos:
Ato I – Crie uma história
Ato II – Entregue uma experiência
Ato III – Refine e ensaie


“Ato I”
1 – Encontre algo que você ama

Para convencer o público de algo, é preciso convencer a si mesmo. O tom “messiânico” de Jobs só não soa ridículo, porque ele realmente acredita no que diz. Para justificar o trecho, Carmine Gallo usa a seguinte frase de Jobs: “Você deve encontrar o que você ama. O que realmente importa é ir para a cama de noite dizendo ‘Fiz alguma coisa maravilhosa”
2 – Planeje
Antes de abrir o PowerPoint pegue um papel e rabisque suas idéias. Planeje como será a apresentação. Os especialistas recomendam que você divida seu tempo privilegiando as ideias: coletando dados, organizando eles e rabiscando uma história.
3 – Crie sempre um vilão
Todas as apresentações de Jobs são baseadas no modelo de herói contra vilão, em que o produto da Apple é a solução para uma situação antagônica ou um concorrente. Em 1984, por exemplo, o papel coube a IBM.
“Ato II”
1 – “Simplicidade é o máximo da sofisticação”

A frase acima, também de Steve Jobs, resume esse passo que indica: jamais use bullets, quando puder imagens ao invés de texto e cada slide deve ter, no máximo, 40 caracteres.
2 – Não use jargão
Jobs pouco fala de gigabytes. Ele prefere dizer que “no iPod cabem mil músicas”. Faça o mesmo, simplificando os termos técnicos sem usar definições abstratas.

“Ato III”
1 – Presença de Palco

Olho nos olhos da platéia, tenha uma postura aberta e com autoridade e saiba se expressar usando as mãos. Como fazer tudo isso? Use o próximo passo como mantra.
2 – Treine
Um repórter da revista BussinessWeek que acompanhou Steve Jobs escreveu que ele “treina sua naturalidade por muitas horas, por muitos dias”. Os treinos do CEO se intensificam nas 48 horas antes do keynote. É quando ele pede feedback da equipe.
3 – Se divirta
Durante um problema na MacWorld de 2007, Jobs aproveitou para contar uma piada sobre os velhos tempos da Apple. Assim, minimizou a falha na apresentação e mostrou confiança. A lição é que é importante entreter o público sempre.

Fonte da imagem: Google imagens
Fonte do post: http://carolineluvizotto.wordpress.com/2011/10/31/dica-como-melhorar-as-suas-apresentacoes-siga-o-estilo-steve-jobs/

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Royal Society abre arquivos on-line sobre a revolução científica

 

A Royal Society, a instituição científica mais antiga do mundo, disponibilizou nesta semana aos internautas a consulta de seu arquivo histórico, formado por milhares de estudos que, como os de Isaac Newton e Charles Darwin, mudaram o curso da história mundial.

O serviço, gratuito, permite a consulta de mais de 60 mil documentos de três séculos de grandes descobertas e pequenos avanços que foram moldando o atual conhecimento científico, guardados no arquivo da sociedade, homenageada neste ano com o prêmio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades.

"Se todos os livros do mundo fossem destruídos e só sobrasse a revista da Royal Society 'Philosophical Transactions', não seria absurdo dizer que os fundamentos da ciência e do progresso intelectual dos últimos dois séculos estariam salvos", escreveu em 1870 o biólogo Thomas Huxley.

A Royal Society foi a primeira instituição do mundo a lançar, em 1665, uma revista que cumpria os padrões de controle imposto atualmente pelas publicações científicas mais renomadas. Entre os que passaram por esse crivo estiveram Isaac Newton, que publicou, em 1672, a "A Nova Teoria Sobre Luz e Cores", considerado seu primeiro escrito científico.

A ciência moderna avançou às cegas em seus primeiros passos, um percurso que pode ser acompanhado de perto pelo arquivo da Royal Society. Seu acervo guarda curiosidades como os escritos do astrônomo francês Adrien Auzout, que no século 17 publicou "The View From the Moon", no qual descrevia o aspecto que o planeta Terra deveria apresentar para "supostos habitantes" da Lua.

A Royal Society se inspirou nas ideias do cientista e filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626) para criar uma instituição dedicada a expandir as fronteiras do conhecimento por meio do desenvolvimento da ciência, matemática, engenharia e medicina.

"A abertura do arquivo abre uma janela fascinante à história do progresso científico durante os últimos séculos, o que interessará a todos aqueles que queiram compreender a evolução da ciência", destaca a psicóloga Uta Frith, membro do comitê de bibliotecas da sociedade.

Os membros da Royal Society são escolhidos entre os cientistas que mais se destacam em suas respectivas áreas e, por ela, já passaram Isaac Newton, Charles Darwin, Albert Einstein, James Watson e Stephen Hawking.

Atualmente, a instituição conta com cerca de 1.500 membros, entre eles 75 vencedores de Prêmio Nobel, além de cinco representantes da família real britânica, como a rainha Elizabeth.

Confira o arquivo histórico da Royal Society no link: http://royalsociety.org/news/Royal-Society-journal-archive-made-permanently-free-to-access/.
(Folha de São Paulo)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"Obrigada pela informação que você não me deu"

"Obrigada pela informação que você não me deu" é um post do Blog Competência Informacional para Bibliotecários superinteressante. Por isso, resolvi postá-lo aqui.
"Em tempos de redes sociais, falta de tempo e excesso de informações, chamar a atenção da audiência e ajudá-la a reter as informações essenciais são a chave do sucesso da comunicação. Nem sempre mais informação leva necessariamente à melhor decisão ou ao aprendizado efetivo. A competência em informação tem relação com conhecimento estruturado (com valor agregado) e relevância. Deixemos de lado o que não acrescenta, busquemos o que é essencial".
Acesse e assista a palestra de Normann Kestenbaum, um dos maiores experts em comunicação do Brasil, e saiba como estruturar melhor suas apresentações.

Fonte: Blog Competência Informacional para Bibliotecários

sábado, 8 de outubro de 2011

E-book - Biblioteca Nacional 200 anos: uma defesa do infinito

Encontra-se disponível para download na página da Biblioteca Nacional Digital na internet o livro que marca as comemorações dos 200 anos da Biblioteca Nacional. 
A obra Biblioteca Nacional 200 anos: uma defesa do infinito cataloga as cerca de 200 peças que integraram a exposição, que abriu os festejos, iniciados no ano passado e que se encerrarão no próximo 29 de outubro (quando a Biblioteca Nacional completará 201 anos). O texto de abertura é assinado pelo acadêmico Marco Lucchesi, curador da mostra.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Frases de Steve Jobs

De: http://olhardigital.uol.com.br/jovem/digital_news/noticias/frases_que_marcaram_a_carreira_de_steve_jobs

Mais que um legado, Steve Jobs é sinônimo de inspiração. Ao longo de seus 56 anos de vida, o ex-CEO da Apple apresentou ao mundo produtos que revolucionaram não só o universo tecnológico, mas também nossas vidas.

Mesmo aparentando arrogância e desprezo pelas pesquisas de mercado, Jobs buscava a perfeição. E muitas de suas frases com certeza ficarão na história da empresa que fundou, a Apple. Veja algumas delas:

"Você quer ficar o resto da sua vida vendendo água com açúcar ou você quer uma chance de mudar o mundo?" (frase usada por Steve Jobs para convencer John Sculley, até então CEO da Pepsi, a assumir a Apple, em 1983)

"Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde na companhia de Sócrates." (Newsweekoutubro de 2001)

"Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fiz alguma coisa maravilhosa é o que importa para mim." (para o The Wall Street Journal, em 1993, quando perguntado sobre Bill Gates)

"Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar nas grandes escolhas da vida." (discurso na Universidade de Stanford, em 2005)

"Sinto como se alguém tivesse me dado um soco no estômago e tirado todo o meu fôlego. Estou com apenas 30 anos e quero ter a chance de continuar a criar mais coisas. Sei que tenho pelo menos mais um grande computador dentro de mim. E a Apple não vai me dar a chance de fazer isso." (para a revista Playboy, em 1987)

"É difícil pensar que uma empresa de dois bilhões de dólares com quatro mil funcionários não possa competir com seis pessoas vestindo calças jeans." (num evento da Apple, em setembro de 1985)

"Os botões do Mac OS são tão bem-feitos que você vai querer lambê-los." (Info, setembro de 2007)

"Acho que alguém assiste à TV para desligar seu cérebro. E trabalha no computador quando quer ligá-lo.” (Macworld, fevereiro de 2004)

"Na época eu não percebi, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser novamente um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me libertou para entrar num dos períodos mais criativos da minha vida." (discurso na Universidade de Stanford, em 2005)

"Seu tempo é limitado, então não gaste-o vivendo a vida de alguém. Não seja enganado por dogmas - enquanto está vivendo com os resultados do que as outras pessoas pensam. Não deixe que a opinião dos outros ofusque sua voz interior. E o mais importante, tenha a coragem para seguir seu coração e intuição. De alguma maneira eles sabem verdadeiramente o que você quer ser de verdade. Todo o resto é secundário."

"Eu sou a única pessoa que sabe que perdeu um quarto de bilhão de dólares em um ano. Isso é muita construção de caráter."

"Quando eu tinha 17 anos, li uma nota que dizia algo como 'se você viver cada dia como se fosse o último, algum dia você estará absolutamente certo.' Desde então, 33 anos depois, tenho olhado no espelho todas as manhãs e me perguntado: 'se hoje for o último dia da minha vida, gostaria de fazer o que vou fazer hoje?'. E sempre que digo 'não' por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa."

"Lembrar-se que vai morrer é a melhor maneira que conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder."

"Você não pode conectar dois pontos olhando para a frente, e sim para trás, pois os pontos vão se conectar no futuro, de alguma maneira. Você tem de confiar em alguma coisa - seu corpo, destino, vida, karma, seja o que for. Essa aproximação nunca tem me deixado triste, e faz toda a diferença na minha vida."

"Ninguém quer morrer, mesmo aqueles que querem ir para o céu. A morte é um destino que nós todos temos, e ninguém pode escapar. E é assim que tem de ser, porque a morte é muito melhor que uma única invenção da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Neste exato momento, o novo é você, mas algum dia não tão distante do agora você vai se tornar o velho. Desculpe por ser tão dramático, mas isso é bastante real."

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs - da vida ao marco histórico

Hoje fui surpreendida com a triste notícia da morte de Steve Jobs (1955-2011).
Perdemos o gênio da tecnologia. Jobs tinha uma inteligência fora do comum, na minha opinião.
Assisti hoje ao vídeo, veiculado no Twitter pelo Observatório da Imprensa, sobre um discurso de Jobs a formandos de Stanford.
Recomendo que assistam para conhecer a história de vida e luta deste homem que deixa a vida para se tornar um marco mundial.

Segue o vídeo que comentei, sendo que pelo UOL.

http://tvuol.uol.com.br/#view/id=famoso-discurso-de-jobs-para-formandos-de-stanford-em-2005-04020D1B3862D4892326/mediaId=12151864/date=2011-10-06&&list/type=tags/tags=1741/edFilter=editorial/




sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Educação: reprovada

Hoje li um artigo muito interessante de autoria da Profa. Lya Luftz debatendo um tema de suma relevância: a Educação.
Recomendo a leitura do texto constante da Revista Veja, página 24, edição de 14 de setembro de 2011.
Acesse o Acervo Digital da Veja: http://veja.abril.com.br/acervodigital/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Arquivologia: realidades, perspectivas e possibilidades

A Coordenação do Curso de Graduação em Arquivologia da UFPB promove no dia 26 de setembro, às 19 h, no auditório da Reitoria a palestra "Arquivologia: realidades, perspectivas e possibilidades", que será proferida pelo professor José Maria Jardim (Departamento de Estudos e Processos Arquivísticos da UFRJ).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Morre Michael Hart, pioneiro do livro eletrônico

O norte-americano Michael Hart, fundador da mais antiga biblioteca eletrônica do mundo, morreu esta terça-feira em Illinois aos 64 anos, anunciou ontem o site do Projeto Gutenberg.

Os livros eletrônicos provavelmente não existiriam hoje, se não tivesse sido Michael Hart em 1971 a lembrar-se de escrever a Declaração de Independência dos Estados Unidos no computador e torná-la acessível às outras pessoas. Um gesto que hoje parece banal foi há 40 anos um passo revolucionário.

Foi em 1971 que Michael Hart criou o Projeto Gutenberg, o primeiro dedicado à construção de uma grande biblioteca universal acessível a partir dos computadores. A ideia foi a criação de uma biblioteca digital gratuita, atualmente com mais de 36 mil livros, em mais de 40 idiomas, que se encontram em domínio público. Os formatos disponibilizados são: ePub, Kindle, HTML e txt.

URL do Projeto Gutenberg: http://www.gutenberg.org/

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Construção coletiva na web - considerações de Pierre Lévy

Com pouco mais de meio século de vida e com muito traquejo no contato com o público, algo que foi claramente adquirido nos últimos vinte anos devido a um crescente interesse da sociedade em ouvir sobre os caminhos da construção do conhecimento na Era Digital, Pierre Lévy esbanja uma simpática e, ao mesmo tempo, seca eloquência ao responder questões diversas sobre temas que gravitam em torno do ciberespaço, como conferiu o Instituto Claro, dias atrás, em entrevista coletiva realizada na USP com o filósofo da comunicação.

Antes um pesquisador introvertido ao lidar com a imprensa, como pode ser visto em vídeos disponíveis no YouTube que datam de décadas passadas, ele hoje compartilha as suas convicções em entrevistas quase sempre com um esboço de sorriso e sem pestanejar. Até mesmo ao afirmar que não gosta de gadgets como smartphones por achar que eles não são as ferramentas mais cômodas para a comunicação, o faz sem qualquer cerimônia. Usa da liberdade de pesquisador que já possui uma extensa obra publicada e reconhecida – “Cibercultura”, “O que é Virtual”, entre outras – para declarar também que a tecnologia, na verdade, complica um pouco a vida das pessoas, pois exige que os usuários se apropriem, que saiam da zona de conforto. Entretanto, deixa claro, do começo ao fim da conversa, que uma robusta estrutura tecnológica é fator essencial para que a sociedade consiga dar saltos na construção coletiva do conhecimento. Abaixo você confere a opinião de Lévy sobre alguns temas recorrentes e relevantes na cultura digital.

Ferramentas que potencializam a construção coletiva na web

“Não é o gadget que eu uso que é importante. Não é o celular, o tablet ou o computador que vai determinar o que eu posso construir, mas sim outros aspectos, muito mais amplos, e que formam um ambiente de comunicação favorável a isso. O primeiro aspecto é a computação ubíqua, que significa poder estar conectado a todo o momento à world wide web (www) e poder se comunicar com qualquer pessoa. O segundo aspecto é a capacidade para reportar a informação a um custo baixo, e hoje temos uma capacidade quase ilimitada, a um custo relativamente baixo, e o terceiro aspecto é a potência computacional, que é a capacidade de o computador fazer associações automáticas por números e símbolos, potencializando o processo da comunicação. Se você tem essa base técnica, você realmente tem um ambiente forte de comunicação que permite desenvolver a inteligência coletiva. É muito mais sobre capacidade, e menos sobre ferramentas, pois se você vai desenvolver algo com alguém, depende muito mais da capacidade técnica e pessoal.”

Impacto dos ambientes colaborativos, como Wikipedia, na educação

“Primeiro é preciso delimitar de que educação falamos. Primária, secundária, superior? Na educação primária, eu acredito que o relacionamento das crianças com números e palavras pode ser fortalecido quando elas podem manipular estes elementos em telas, seja em computadores, tablets, enfim. E melhor se essa dinâmica for realmente interativa. Mas é uma ideia muito equivocada pensar que as tecnologias ou os ambientes digitais, por si só, impactam a educação. Você usa as tecnologias em um caminho traçado, em uma estratégia pedagógica, e isso é o mais importante. O impacto não é automático, não é universal. Se falamos de ambientes colaborativos, tudo depende da forma como o educador vai usá-los. A intenção pedagógica é o que, de fato, vai definir o impacto do uso da tecnologia.”

Gap educacional e digital nos países em desenvolvimento

“No final do século passado, tínhamos algo em torno de 3 a 5% da população mundial conectada. Hoje esse número gira em torno de 30%. Saímos de 3% para 30% em pouco mais de dez anos, e isso é extraordinariamente rápido, certo? Não temos, na história, uma forma de comunicação que tenha se expandido tão rapidamente. Então isso é algo que devemos ter nas nossas mentes, primeiramente. Depois, não adianta pensar que vamos, em três anos, chegar aos 80% da população conectada. Isso é impossível. Precisamos de mais uma, duas ou três gerações para isso. Mas podemos prever que, no meio deste século, teremos mais da metade da população com acesso à web, isso também é fantástico. Então agora, outro ponto: eu sei que estamos numa sociedade em que as pessoas querem tudo imediatamente, mas no mundo real não é assim, e mesmo que fosse, mesmo que tivéssemos hoje internet para todos, se ainda há pessoas que não sabem ler e escrever, elas estariam ainda excluídas. Um dos pontos mais importantes para se falar em benefícios da comunicação é a educação. Todos falam em ‘tecnologia para a educação, tecnologia para a educação’, mas, na verdade, o que precisa estar em foco é a educação para a tecnologia. Este, sim, é um gap bem mais difícil de ser resolvido. É bem mais caro educar, e educar para o mundo digital, do que oferecer internet para todos.

Propriedade intelectual

Na cultura digital, a propriedade intelectual é um assunto muito interessante e uma complexa questão. Quando falamos de pessoas que escrevem livros de narrativa e vivem daquela atividade, é possível entender o lado delas. Não se pode querer que elas digam: ‘Ah, ok, não faço questão dos meus direitos autorais sobre a obra”. Mas, por outro lado, é muito contraprodutivo ter que pagar por materiais educacionais. Eu não sei a resposta correta para esta questão [propriedade intelectual na cultura digital], mas o que posso dizer, como membro da comunidade acadêmica, é que a minha posição é que cada livro ou artigo acadêmico deveria ser uma publicação gratuita na internet. Considero um complexo paradoxo livros científicos que custam muito caro. Penso que estamos em um momento de transição nessa questão, e que diferentes normas vão sendo encontradas. Talvez sejam diferentes, dependendo do setor da sociedade, mas o que defendo é que o conhecimento científico deve ser facilitado.

Fonte: Instituto Claro
http://carolineluvizotto.wordpress.com/2011/08/30/para-pierre-levy-ambiente-comunicacional-e-educacao-para-a-tecnologia-sao-trunfos-para-construcao-coletiva-na-web/


sábado, 20 de agosto de 2011

XV Bienal do Livro Rio

A Bienal do Livro Rio (de 1° a 11 de setermbro) é um dos maiores eventos literários do país, um grande encontro que tem o livro como astro principal. Para os leitores, foi a oportunidade de se aproximarem de seus autores favoritos, além de conhecerem muitos outros. Durante onze dias de evento, o Riocentro sediou a festa da cultura, da literatura e da educação.
Nos espaços dedicados às atrações, o público pode participar de debates e bate-papos com personalidades culturais e de atividades recreativas que promovem a leitura.
Atraente e diversificada, a Bienal do Livro Rio é diversão para toda a família!

Mais informações: http://www.bienaldolivro.com.br/a_bienal/1/index

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Filmes com bibliotecários

É importante refletirmos sobre a imagem do bibliotecário. Tema presente em reflexões de TCC, em algumas novelas e filmes.
Como é a representação do profissional bibliotecário?
Para buscar reposta à esta indagação, segue relação de alguns filmes com bibliotecários:

1- NO MUNDO DE 2020
Sinopse:
No ano de 2022 o mundo superpopulado sofre com o aquecimento e o efeito estufa. Todos são obrigados a morar nas cidades e sofrem com a falta de comida natural. Um pote de geléia de morangos custa 150 dólares, de modo que a maioria das pessoas ingere uma comida artificial conhecida como Soylent Green. Quando o policial detetive Thorn (Heaston) investiga um estranho caso de morte que envolve um executivo da Soylent Corporation, ele descobre a verdadeira fonte do produto.
Foco na profissão: Nesta desolada visão de futuro, os bibliotecários comandam o mundo porque eles são os únicos que têm, ou sabem onde conseguir, a informação. Mas isto não chega a ser um elogio à nossa profissão, a considerar no que o mundo de Soylent Green se transformou. O filme é sombrio, mas traz uma reflexão interessante sobre a explosão da informação. Importante lembrar que esta dominação dos bibliotecários foi vislumbrada bem antes* dos computadores e da explosão da informação.

2- O DESPERTAR DAS TORMENTAS
Sinopse:
História de Alicia Hull (Davis), bibliotecária de uma pequena cidade cujo trabalho é introduzir as crianças no mundo dos livros. Como retorno ao pedido de recursos para a construção de uma ala infantil na biblioteca, o conselho municipal pede que ela retire do acervo o livro O Sonho Comunista nesse período caracterizado pelo Macartismo e a caça às bruxas. Quando ela nega o pedido, os membros do conselho questionam suas atividades do passado. Então ela é demitida e rotulada de subversiva. O juiz Ellerbe (Kelly) acha que ela foi tratada injustamente e convoca uma reunião. Paul Duncan (Keith), um jovem político ambicioso, namorado da bibliotecária assistente Martha Lockeridge (Hunter), vê na reunião uma oportunidade para se projetar e acusa Alicia de comunista. Seu discurso belicoso conduz toda a cidade contra Alicia, exceto o menino Freddie (Coughlin), o favorito da bibliotecária. Ele vai se tornando cada vez mais enraivecido com a atitude da cidade, até atear fogo na biblioteca. E quando a biblioteca arde em chamas, as pessoas mudam repentinamente suas posições e chamam Alicia de volta ao trabalho para supervisionar a construção de uma nova biblioteca.
Foco na profissão: Storm Center é a quintessência da anti-censura, mostrando uma imagem forte e positiva das bibliotecárias personificadas por Bette Davis e Kim Hunter. Embora a narrativa seja datada e a mudança das pessoas seja mostrada de forma inverossímel, Davis é convincente como a bibliotecária de princípios, especialmente quando ela lança a questão: "Como posso me livrar de um livro?" .

3- GOLPE SUJO
Sinopse:
Comédia de humor negro com Goldie Hawn no auge da beleza e da forma física, ela era na época o que Angelina Jolie é hoje, a atriz mais badalada, além de contar com o excelente Chevy Chase numa química excelente na tela. Ela interpreta uma bibliotecária que sem querer envolve-se numa trama de assassinato. Rumores de que o filme teria uma adaptação com a filha de Goldie: Katie Hudson estão cada vez mais fortes. O filme ainda conta na trilha sonora com uma belissima canção de Barry Manilow: Ready to take a chance again.

4- O VENDEDOR DE ILUSÕES
Sinopse:
Neste delicioso musical o vigarista "professor" Harold Hill (Preston) tenta impressionar uma pequena cidade de Iowa com a criação de uma banda marcial. Mas as coisas não acontecem de acordo com o planejado quando a bibliotecária (Jones) descobre as mentiras e tenta desmascarar o professor diante do prefeito (Ford).
Foco na profissão: Jovem, bela e solteira, Marion (Jones) é o estereótipo perfeito da bibliotecária de cidade pequena. A esposa do prefeito denuncia que Marion está emprestando à sua filha "livros indecentes" como Rubaiyat, de Omar Khayyam. Mais tarde Marion rasga a página de um livro da biblioteca para impedir que o prefeito descubra as mentiras do professor Hill. Este filme (e a peça que o precedeu) marcou a expressão "Marion, a bibliotecária"* na profissão. Apesar do retrato estereotipado de bibliotecária solteirona e de coque, Marion fornece uma imagem bastante positiva de bibliotecários que estão dispostos a lutar contra a censura. De fato, ela escorrega na ética profissional quando rasga fora a página do livro para proteger o professor Hill. Mas isto apenas prova que os bibliotecários são humanos.

5- BALADAS EM NOVA YORK
Sinopse:
Filme muito divertido com Parker Posey, cont a história de uma garota festeira que acaba se envolvendo com a policia após uma noite de excessos, contraindo uma divida ela fica sem dinheiro e acaba recorrendo a tia bibliotecária que lhe oferece um emprego na biblioteca municipal. A principio ela detesta a idéia de trabalhar numa biblioteca mas com o passar dos tempos acaba gostando e se encontrando enquanto pessoa e profissional. legal do filme é que a maioria das cenas são na biblioteca e ate a CDD, as fichas e um retrato de Dewey aparece no filme. Detalhe para a cena da organização da biblioteca dançando e quando ela organiza os discos de seu amigo DJ.

6- A MÚMIA
Sinopse:
Rachel Weizs interpreta uma bibliotecária meio maluquinha no filme A Múmia sempre com uma solução inteligente para os problemas que apareciam, mas com uma certa difuculdade para relacionamentos, bem o estereótipo do bibliotecário.

7- ANTARCTICA
Sinopse:
Filme que conta várias histórias de pessoas que vivem em Israel, numa dessas histórias conta a história de um bibliotecário. O filme tem uma temática homossexual e mistura dramas humanos com extraterrestres.

8- TE AMAREI PARA SEMPRE
Sinopse:
Um bibliotecário de Chicago, portador do "gene da viagem no tempo", visita a esposa em diferentes pontos da vida dela. As viagens são realizadas de maneira involuntária e irão trazer sérios problemas para o relacionamento de ambos. Baseado no Best Seller "A mulher do Viajante no Tempo".

9- TRILOGIA O BIBLIOTECÁRIO
Sinopse:
Trilogia de filmes feitos para a televisão americana muito bem sucedida por sinal, conta a história de um bibliotecário que tem que cuidar de um acervo não muito comum, com itens que vão desde a espada excalibur até outros artefatos mitologicos. As historias são bem Indiana Jones e o melhor são os subtítulos das histórias: Em busca da lança do destino; regresso as minas do Rei Salomão e a maldição do cálice de Judas.

10 - AMOR EM OUTRA LÍNGUA
Sinopse:
Onur, que é surdo desde o nascimento, trabalha como bibliotecário. Seu pai deixou sua mãe e ele (quando ele tinha sete anos), e Onur sempre se culpou por isso. Apesar de ser capaz de falar, ele optou por permanecer em silêncio por causa do olhar de piedade das pessoas para com ele. Na festa de noivado de seu amigo Vedat , ele conhece Zeynep, que mais tarde descobre sobre a deficiência auditiva de Onur, mas não se incomoda. Ela é forçada por seu pai dominador a sair de casa e consegue um emprego em um call center. Tendo que falar ao telefone o dia todo com pessoas que ela não conhece, Zeynep encontra a paz com Onur com o qual ela se comunica perfeitamente sem falar.

11 - AGNES E SEUS IRMÃOS
Sinopse:
Agnes é um transexual que trabalha como dançarina noturna e enfrenta dificuldades com o atual namorado. Obcecada pela mãe que nunca chegou a conhecer, Agnes não parece ter muita coisa em comum com seus dois irmãos: Hans Jorg, um bibliotecário desajeitado e tímido e Werner que é um politico bem sucedido, mas vive um casamento infernal. Quando os percalços cotidianos ameaçam enfrentá-los com seus limites, os três irmãos começam a perceber que suas vidas não são tão diferentes quanto parecem.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Anais do XXIV CBBD (Maceió - 2011)


O XXIV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação aconteceu em Maceió de 07 a 10 de agosto de 2011.
O Blog Informação em cena prestigiou o evento na pessoa de sua idealizadora Profa. Luciana Costa, que divulgou o mesmo durante a apresentação oral de seus trabalhos.

Informamos que os Anais do XXIV CBBD já está disponível no site da FEBAB.
http://febab.org.br/congressos/index.php/cbbd/xxiv

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Biblioteca Nacional promove Curso Informativo sobre Preservação de Acervo

Aulas estão marcadas para o período de 17 a 25 de outubro

Estão abertas as inscrições para o Curso Informativo sobre Preservação de Acervos, da Coordenadoria de Preservação da Fundação Biblioteca Nacional, que acontece entre os dias 17 e 25 de outubro. Composto por duas etapas – a primeira com palestras e visitas técnicas e a segunda com cases -, o curso será realizado na Biblioteca Nacional (Av. Rio Branco, 219, Centro – Rio de Janeiro/RJ - Tel. (21) 3095-3808). São apenas 70 vagas e a inscrição vale R$ 350.
Acesse a programação: http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/programa-15-curso-preservacao.pdf
Inscrições: http://www.bn.br/portal/arquivos/doc/ficha-inscricao-15-curso-preservacao.doc

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Apresentações teatrais em São Carlos apresentam a ciência de maneira lúdica e divertida

O 5º Encontro de Teatro e Divulgação Científica acontece entre os dias 3 e 6 de agosto e reúne grupos que se dedicam ao ensino de ciências por meio das artes cênicas.

Entre os dias 3 e 6 de agosto, acontece em São Carlos o 5° Encontro de Teatro e Divulgação Científica "Ciência em Cena", com o objetivo de ensinar e difundir a ciência por meio das artes cênicas. Durante as apresentações, o palco se transforma em uma sala de aula e os professores atuam como atores, que abordam assuntos relacionados a Química, Física, Biologia e Matemática.

A abertura do evento acontece no dia 3, a partir das 18 horas, no Teatro Municipal de São Carlos, com apresentação do Coral da UFSCar e a encenação da peça "O Alienista", apresentada pelo grupo Garbo do Rio de Janeiro. No dia 4, o grupo Alquimia da Unesp de Araraquara realiza, a partir das 15 horas, a apresentação da peça "Como ser um cientista?", no Teatro de Arena, localizado na área externa do Teatro Municipal. Às 17 horas, o grupo Só com Experiência da Estação Ciência da USP apresenta, no palco do Teatro Municipal, o espetáculo "O Rio, o Poeta e a Cidade". Em seguida, acontece a exibição do grupo do Tubo de Ensaio da Universidade Estadual do Ceará (UECE), com o espetáculo "Ar Vital! Quem descobriu?".

O encontro tem continuidade no dia 5, com a apresentação de grupos teatrais da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). O encontro será encerrado no dia 6 com a exibição da peça "Além da Lenda", encenada pelo Grupo Ouroboros de divulgação científica da UFSCar. A apresentação acontece a partir das 20 horas no Teatro Universitário Florestan Fernandes, localizado na área Norte do campus São Carlos da Universidade.

As apresentações são abertas a toda a comunidade e a entrada é gratuita. A programação completa, a sinopse das apresentações teatrais e outras informações podem ser obtidas no site do evento, em http://cienciaemcenasc.wordpress.com.

Fonte: Jornal da Ciência

domingo, 31 de julho de 2011

Livros infantis de Monteiro Lobato são lançados no Ipad

Cheio de recursos animados, já faz um tempinho que o Ipad, o tablet da Apple, vem conquistando crianças. E não são apenas joguinhos que fazem a cabeça da garotada: os aplicativos que transformam os livros de papel em histórias interativas também chamam a atenção e divertem. A novidade é que agora toda a obra infantil de Monteiro Lobato já chegou ao Ipad.

A editora Globo Livros, que lançou a versão de “A Menina do Narizinho Arrebitado” para o tablet em 2010, informou que já estão disponíveis os seguintes títulos: “Reinações de Narizinho“, “Caçadas do Pedrinho“, “Memórias da Emília“, “A Reforma da Natureza“, “O Saci“, “O Picapau Amarelo“, “Viagem ao Céu“ e “A Chave do Tamanho“.

Além dessas, também há as adaptações em quadrinhos para o Ipad de “Aventuras de Hans Staden“, “Dom Quixote das Crianças“,“Fábulas“, “O Minotauro“ e “Peter Pan“.

Para ler essas obras no tablet, primeiro é preciso baixar o aplicativo grátis “Monteiro Lobato” na App Store. O usuário, então, terá acesso à biblioteca digital com todas as obras do autor que já estão disponíveis. Cada livro é vendido separadamente e custa de US$ 9,90 a US$ 26,90.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bibliotecas bilíngues

O Brasil e o Uruguai querem criar bibliotecas bilíngues nas áreas de fronteira e ampliar o número de pontos de Cultura na região. As ações de parceria ente os dois países foram discutidas ontem (25) e hoje (26) por representantes dos ministérios da Cultura dos dois países, reunidos em Montevidéu. A ministra Ana de Hollanda e o ministro da Educação e Cultura uruguaio, Ricardo Ehrlich, definiram um plano de ação para realização de políticas públicas bilaterais em diversas áreas.

Ana de Hollanda conheceu espaços culturais na capital uruguaia, chamados de usinas culturais, que funcionam de forma semelhante ao projeto dos pontos de Cultura e das praças de Esporte e Cultura, previstas na segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Segundo ela, a ideia é multiplicar os pontos de Cultura e as usinas culturais nas cidades brasileiras e uruguaias localizadas nas regiões de fronteira. “Na área fronteiriça é onde já se dá a comunicação e uma circulação natural das expressões artísticas em todas as áreas”, disse Ana de Hollanda, em entrevista por telefone, à Agência Brasil.

De acordo com a ministra, em todos os países da América Latina cresce a discussão sobre economia criativa e caminhos para a garantia de uma dinâmica mais sustentável do setor. “No Uruguai eles têm o setor de indústria criativa, no ministério temos a economia criativa. Eu estive na Bolívia para um encontro de dirigentes de cultura da América Latina e do Caribe e esse tema foi muito falado”, disse.

O plano de ação conjunto foi ratificado durante o seminário Diálogo Brasil-Uruguai em Ciência Tecnologia, Inovação e Cultura, encerrado hoje. Ontem, a delegação brasileira também participou da abertura do DocMontevidéu 2011, evento que promove o encontro entre redes de televisão, cineastas e produtores independentes da América Latina. Na área audiovisual, uma das possibilidades de novas parcerias entre os dois países, segundo a ministra, é a produção de animações e games.

Fonte: Amanda Cieglinski - Agência Brasil

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Depósito Legal recebeu 97 mil obras em 2010

A Divisão de Depósito Legal da Fundação Biblioteca Nacional tem a responsabilidade de preservar a produção cultural brasileira. Para isso, procura assegurar junto às editoras de todo o país o cumprimento da Lei do Depósito Legal, de 1907, que determina que pelo menos um exemplar das obras publicadas sejam enviadas à BN. O resultado desse trabalho pode ser medido em números: só no ano passado foram recebidas 97 mil peças – sendo 89 mil livros, revistas e jornais, 2.100 CDs, DVDs e CD-ROMs, além de mapas, partituras e materiais iconográficos, entre outros. “A lei do Depósito Legal de arquivo fonográfico é nova [janeiro de 2010]. Por isso, recebemos pouco, mas vamos intensificar a cobrança em 2011 e aumentar este número”, diz Daniele Del Giudice, chefe da Divisão. Está sendo feita a reestruturação e ampliação do setor. “Vamos sair mais da Biblioteca e é ir às editoras, gravadoras, bienais e encontros setoriais”, diz. A meta é ultrapassar 100 mil peças este ano.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A qualidade da universidade brasileira

Artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite no jornal Folha de S. Paulo de hoje (22).

Há exatos 35 anos, em 22/6/1976, escrevi o artigo inaugural da seção "Tendências/Debates", intitulado "Tecnologia e humanismo". Desde então, especialmente nos últimos dez ou 12 anos, ficou universalmente reconhecida a importância das universidades ditas de pesquisas para o desenvolvimento econômico de seus respectivos países.

Como consequência, proliferaram diferentes esquemas de avaliação, em que se incluem ordenações por qualidade (ranking). Embora opiniões sobre o que seja qualidade divirjam, é notável a convergência das classificações das universidades de todo o mundo, realizadas com critérios distintos. Exemplo expressivo é o fato de que, dentre as dez primeiras classificadas, estão quase sempre as mesmas sete ou oito americanas e as duas ou três inglesas, quaisquer que sejam os critérios.

Essas características ocorrem até pelo menos a ducentésima posição, embora sem a mesma acuidade que no caso das dez primeiras. A pertinência dessas avaliações, incômodas, para dizer o menos, para certos acadêmicos, não surpreendentemente é contestada.

Se no Brasil as avaliações negativas de suas universidades serviram apenas para provocar ressentidos diatribes inconsequentes, em países maduros e em outros emergentes elas ao menos produziram tentativas de identificação das razões das deficiências de suas instituições de ensino superior; em alguns casos, reformas já foram encetadas.

O presidente da Universidade Yale (EUA), Richard C. Levin, em recente artigo na revista "Foreign Affairs", mostra como a China elegeu nove universidades (denominadas C9) para concentrar recursos, o que já havia acontecido com Japão, Coreia do Sul e Taiwan. A agenda da Índia é ainda mais ambiciosa, com 14 universidades escolhidas. Os países que estão se desenvolvendo mais aceleradamente no Oriente imitam nesse aspecto os EUA e a Inglaterra.

A França encomendou um estudo a um grupo de intelectuais provenientes de vários países (a "Missão Aghion"), com a finalidade justamente de identificar as diferenças entre as grandes universidades do exterior e as francesas. O relatório resultante serve melhor ao Brasil que à França. Abaixo, listamos as diferenças essenciais entre as universidades brasileiras e as universidades mais bem qualificadas dos EUA e da Inglaterra.

1 - O órgão máximo no Brasil, o conselho universitário, é constituído essencialmente por membros da corporação interna (70 na Unicamp e cem na USP), enquanto nas grandes universidades do exterior o órgão colegiado supremo é formado por uma grande maioria de cidadãos prestantes externos à universidade (entre dez e 15), frequentemente empresários, dirigentes de instituições da sociedade civil etc.

2 - Enquanto no Brasil eleições de reitores e diretores se fazem entre e por grupelhos da corporação interna, desnaturando a atividade acadêmica, nas boas universidades do exterior o conselho escolhe um comitê de busca para procurar seus reitores e diretores, principalmente fora da universidade.

3 - No Brasil, tudo favorece a endogenia ("inbreeding"), enquanto no exterior uma pluralidade de mecanismos é adotada para eliminá-la em todos os níveis da carreira universitária. São escolhidos fora da universidade os professores titulares e, por vezes, os associados.

4 - Finalmente, nas universidades americanas o pesquisador-docente só alcança estabilidade, e assim mesmo precária, no fim da carreira; aqui, começa como vitalício. Sabemos, portanto, por que nossas universidades são deficientes.

Resta ver se temos vontade política para mudar, o que não fizemos nesse intervalo de 35 anos.

Rogério Cezar de Cerqueira Leite, 79, físico, é professor emérito da Universidade Estadual de Campinas, presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

I Seminário Vi(r) Ver as Bibliotecas – 30 de Junho


PROGRAMAÇÃO
9.00 – Recepção de participantes – entrega de documentação

9.30 - Sessão de abertura – Reitor da UBI; Presidente do Politécnico; Governadora Civil; Isabel Marques (CIBE-RBE)

10.15 - 1ª Conferência Plenária – Teresa Calçada – Rede de Bibliotecas Escolares

11.00 - Coffee break

11.15 - 1º Painel Seminário – “Articulação da Biblioteca Escolar e currículo: O Papel da planificação estratégica na construção do percurso de um leitor”
§ José Saro (CIBE – RBE)
§ Carina Franco (Agrupamento de Escolas A Lã e a Neve – Covilhã)
§ Natividade Pires (ESE Castelo Branco)
§ Painel moderado por Paulo Osório (Universidade Beira Interior)

13.00 – Almoço (Livre)
14.30 – Início dos trabalhos - tarde

14.30 - 2º Painel Seminário – “Os Percursos a trilhar na formação de leitores”
§ Ana Bela Martins (RBE)
§ Fernando Azevedo (Universidade do Minho)
§ Manuela Barreto Nunes (Biblioteca Geral da Universidade Portucalense)
§ Nuno Marçal (Bibliomóvel - C.M. Proença-a-Nova)
§ Painel moderado por Carla Fernandes (DREC)

16.00 - 3º Painel Seminário – “O Papel do Marketing das bibliotecas na construção de novos utilizadores/ leitores”
§ Pedro Príncipe (Serviços de Documentação da Universidade do Minho)
§ Luísa Alvim (Casa de Camilo - Museu e Centro de Estudos)
§ Bruno Duarte Eiras (Biblioteca Municipal de Oeiras)
§ João Rui (Agrupamento de Escolas de Nelas)
§ Painel moderado por Pedro Rafael (Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha)

17.30 - Intervalo – Coffee break

17.45 - 2ª Conferência Plenária – Fernando Pinto do Amaral – Plano Nacional de Leitura

18.15 – Conclusões: Isabel Marques (Coordenadora Interconcelhia RBE)

18.45 - Sessão de encerramento: Comissão Organizadora: António Pais (ESE-IPCB); Graça Sardinha (Departamento Letras UBI); Isabel Marques (Coordenadora Interconcelhia RBE); José Luís Adriano (CFAEBI – Centro de Formação da Associação de Escolas da Beira Interior); Pedro Rafael (AESG - Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha – Fundão)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Lançamento do v. 1, n. 1 da revista Perspectivas em Gestão & Conhecimento

Prezados,

Comunicamos o lançamento do Vol. 1, N. 1 de 2011 da revista científica eletrônica Perspectivas em Gestão & Conhecimento - PG&C.


No ensejo, agradecemos a todos que colaboraram para a realização da PG&C, como um canal destinado à promoção da multiplicação e encontros entre olhares e saberes sobre Gestão e Conhecimento, e convidamos a comunidade acadêmico-profissional para visitar o site da revista: http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc.

Cordiais saudações com votos de uma prazerosa leitura.

Os Editores
Jorge de Oliveira Gomes e Luciana Ferreira da Costa
Universidade Federal da Paraíba

Perspectivas em Gestão & Conhecimento
Vol. 1, No 1 (2011)
Sumário
http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc/issue/view/854

Editorial
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BEM-AVENTURANÇA À MULTIPLICAÇÃO E AO ENCONTRO DE OLHARES E SABERES SOBRE GESTÃO E CONHECIMENTO (1-3)
Jorge de Oliveira Gomes, Luciana Ferreira da Costa


Artigos de Revisão
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GESTÃO DO CONHECIMENTO CÉTICO (4-14)
Rafael Capurro

O CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA (15-24)
Emeide Nóbrega Duarte, Maria Luiza da Costa Santos

PROCESSAMENTO COGNITIVO DA INFORMAÇÃO PARA TOMADA DE DECISÃO (25-39)
Edson Rosa Gomes da Silva, Thiago Paulo Silva de Oliveira, Sonali Paula Molin Bedin, Aires José Rover

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL SOB A ÓTICA DE UM SISTEMA DE REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICO (40-58)
Juliana Leonardi, Rogério Cid Bastos, Silvia Modesto Nassar

A ARQUIVÍSTICA COMO DISCIPLINA APLICADA NO CAMPO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (59-73)
Fernanda Ribeiro


Relatos de Pesquisa
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O USO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SEUS REFLEXOS NA CULTURA ORGANIZACIONAL E NO COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES (74-91)
Fabiana Borelli Amorim, Maria Inês Tomaél

A PERCEPÇÃO DE ALUNOS SOBRE O MÓDULO DE CAPITAL INTELECTUAL E GESTÃO DE PESSOAS EM UM CURSO DE MBA NA MODALIDADE A DISTÂNCIA (92-105)
Juliana Vieira Queiroz, Fabio Scorsolini-Comin

IMPACTO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE DOIS HOSPITAIS PÚBLICOS PORTUGUESES NA EXECUÇÃO DOS SEUS OBJECTIVOS (106-124)
Jorge Alves Faria, Rui Bento Madeira

POLÍTICAS E PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (125-149)
Susane Barros, Othon Jambeiro

NIVELES DE INSTITUCIONALIZACIÓN DE LA BIBLIOTECOLOGÍA Y CIENCIA DE LA INFORMACIÓN EN ARGENTINA: UNA APROXIMACIÓN DESDE UN ENFOQUE EMPÍRICO (150-162)
Gustavo Liberatore

PERIÓDICOS ELETRÔNICOS COM O USO DO SEER NO RIO GRANDE DO SUL: CRITÉRIOS DE QUALIDADE (163-179)
Jeane De Lucia Barros Lima, Angélica Conceição Dias Miranda


Relatos de Experiência
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ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE MODELO DE GESTÃO DE PESSOAS ORIENTADO POR COMPETÊNCIAS (180-193)
Letícia Gomes Maia, Melissa de Machado Moraes, Liziane Castilhos de Oliveira de Freitas

BOAS PRÁTICAS PARA A CONCEPÇÃO DE UMA PLATAFORMA LOGÍSTICA DE BENS NÃO PERECÍVEIS: UM CASO DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL (194-206)
Luisa Margarida Carvalho, Maria Leonilde Reis


Expediente
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EXPEDIENTE DO VOL. 1, N. 1 DE 2011 DA PG&C (207-214)
Luciana Ferreira da Costa

domingo, 12 de junho de 2011

Bibliotecas que merecem entrar para o seu roteiro

Se hoje todos nós sabemos como é útil ter num mesmo lugar livros, periódicos e documentos para consulta, isso se deve a um antigo monarca de nome quase impronunciável. Foi o rei Assurbanipal II quem resolveu criar a primeira biblioteca do mundo na Assíria (local onde hoje fica o Iraque), há 2.700 anos! Sem saber, ele estava dando o pontapé inicial para o a criação das inúmeras bibliotecas que hoje se espalham por todas as partes.

Mas a primeira biblioteca realmente pública do mundo foi inaugurada somente no ano de 1833, na pequena cidade de Peterborough, nos Estados Unidos, e se consagrou como um novo marco na história, já que fez do conhecimento um bem público. A ideia foi tão boa que a biblioteca pública é considerada hoje a maior franquia concebida pelos norte-americanos, superando em alcance global negócios como a Starbucks e o McDonald's.

No Brasil, esses espaços ainda não são tão aproveitados pela população quanto poderiam, mas nós temos muitos motivos para mudar este cenário. Algumas das nossas bibliotecas são tão belas que merecem uma visita tanto para uma boa tarde de leitura, quanto para um passeio mais contemplativo. Confira nossa seleção e aventure-se pelo maravilhoso mundo dos livros!

1 – Recém-reformada, a Biblioteca Mário de Andrade foi inaugurada no ano de 1926 e é uma das edificações protagonistas do centro histórico de São Paulo. Segunda maior do Brasil, só perdendo para a Biblioteca Nacional (ver abaixo), ela teve suas instalações, projetadas pelo arquiteto francês Jacques Pilon e é considerada um marco do estilo Art Déco. Se o prédio é uma atração a parte, não resta dúvidas quanto a importância de seu acervo, com diversas raridades, entre elas livros que datam do século 15, manuscritos de personalidades como Rui Barbosa e cerca de 500 mapas raros, muitos dos quais também podem ser acessados online.

Quando visitar: segunda a sexta, das 8h30 às 20h30; sábado, das 10h às 17h.

2 – Maior acervo público do país do país, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro está abrigada desde 1910 num imponente prédio em estilo eclético no bairro da Cinelândia. Ao lado do Teatro Municipal e do Museu Nacional de Belas Artes, ela compõe um belíssimo conjunto arquitetônico no coração da capital fluminense. Uma curiosidade é que a biblioteca já existia bem antes do prédio e ocupava lugares improvisados que, com o passar do tempo, iam ficando pequenos para abrigar tamanha quantidade de livros e documentos. Hoje, com 9 milhões de itens no acervo, a Biblioteca Nacional, para orgulho de todos nós brasileiros, é considerada pela Unesco como a sétima maior biblioteca nacional do mundo, sendo a mais expressiva da América Latina!

Quando visitar: segunda a sexta das 9h30 às 17h30.

3 – Outro exemplar que integra um belo conjunto arquitetônico é a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte. Concebida em 1954 pelo então governador Juscelino Kubitschek, o prédio projetado por Oscar Niemeyer tem curvas peculiares que se harmonizam com edifícios de diferentes estilos na Praça da Liberdade, um dos pontos turísticos da capital mineira.

Quando visitar: segunda a sexta, das 8h às 20h; sábado, das 8h às 12h.

4 – Diferente dos grandes edifícios que vimos até agora, esta outra biblioteca pública se destaca pela dedicação de uma só pessoa. Criada em 1995, a Biblioteca Escola Crescimento Infantil (Becei), no humilde bairro de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, é um recanto de cultura. Fundada na sala da casa de Claudemir Cabral, que na época tinha apenas 15 anos, a biblioteca ganhou uma sede própria e hoje já possui 11 mil livros em seu acervo. Prova de que é possível fazer a diferença!

Quando visitar: segunda a sexta 10h às 22h; sábado das 12h às 22h; domingos e feriados nacionais das 12h às 18h.

5 - No centro de Porto Alegre encontramos a bela bilbioteca infantil Lucilia Minssen sediada na Casa de Cultura Mário Quintana, que por sua vez fica instalada num antigo hotel de luxo. O famoso Majestic, onde o escritor gaúcho Mário Quintana viveu entre 1968 e 1982, foi transformado em um espaço dedicado a imortalizar a história deste que foi um dos maiores poetas do Brasil. O quarto onde ele viveu permanece preservado do mesmo jeito até hoje. Local de encontros, festivais e confraternizações, o centro cultural é referência no país e tem a literatura como carro-chefe.

Quando visitar: segundas das 14h às 21h; terças às sextas das 9h às 21h; sábados e domingos das 12h às 21h.

6 – Apesar de ser totalmente digital, a Biblioteca de Obras Raras e Especiais da Universidade de São Paulo também vale uma visita. Seu site é uma boa viagem pelo tempo, pois permite a qualquer navegante embarcar em centenas de obras de séculos passados sem ter que sair do lugar. Um dos destaques do acervo é um exemplar da Crônica de Nuremberg (também conhecido como Liber Chronicarum), uma história do mundo recheada de ilustrações góticas e escrita em 1493.

Fonte:
http://www.bomdehumor.com.br/materia/3302-Bibliotecas_que_valem_o_passeio.htm

terça-feira, 7 de junho de 2011

Seminário Para ler a internet : Políticas e projetos de inclusão digital

O Seminário é uma promoção conjunta do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e tecnologia (IBICT) e o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Seu objetivo é divulgar ações de inclusão social promovidas pelo campo acadêmico, em níveis de pesquisa, ensino e extensão. O evento será realizado no dia 17 de Junho de 2011, no Auditório 211 do CCSA, Campus I - UFPB (João Pessoa, PB). As vagas são limitadas em função do espaço oferecido pelo auditório.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ferramenta antiplágio de textos acadêmicos


Universidade adota ferramenta antiplágio de textos acadêmicos

Professores de todas as unidades já podem usar sistema.

A Unesp é umas das primeiras universidades do Brasil a adquirir um software que ajuda a prevenir o plágio em trabalhos acadêmicos. A ferramenta equipara um determinado texto a uma base de dados ampla - que inclui milhões de teses e dissertações, livros, artigos, revistas científicas e sites - para identificar possíveis imitações de trabalhos já publicados.

O programa é destinado aos professores da instituição, sobretudo aos que lecionam na pós-graduação, e já está disponível em toda a Universidade. O software Turnitin, desenvolvido pela empresa americana IParadigms, não precisa ser instalado no computador. Para acessá-lo, é necessário um cadastramento com os bibliotecários das unidades, que fornecerão nome de usuário e senha.

Na prática, o professor submete um texto ao sistema de busca que verificará possíveis semelhanças com outras publicações. Os trechos parecidos ou idênticos são destacados em cores, que variam de acordo com a quantidade de palavras iguais encontradas, frequência e tamanho das citações e relevância do trecho copiado para o conjunto do trabalho.

Discussão ética - "Essa ferramenta vai ajudar a identificar o plágio, que deve ser coibido", afirma a pró-reitora de Pesquisa, Maria José Giannini. "O fundamental, entretanto, é intensificar a discussão sobre ética na pesquisa e na conduta profissional."

Para a bibliotecária Flávia Maria Bastos, coordenadora da Coordenadoria Geral de Bibliotecas (CGB), ao medir o "grau de originalidade", a universidade estimula publicações de qualidade que acrescentam algo de novo à bibliografia já existente na área. "O docente consegue, ainda, identificar o tipo de fonte usada, prevenindo os estudantes de basearem suas pesquisas em trabalhos desatualizados ou de origem não confiável."

Acervo em português - "A iniciativa é tomada num momento em que o mundo discute questões referentes à qualidade e à ética na pesquisa", declara o professor Carlos Roberto Grandini, da Comissão de Permanente de Avaliação (CPA). Segundo ele, a ferramenta também tem um papel didático, já que permite criar salas virtuais de correção dos arquivos para ensinar os alunos a fazer corretamente uma citação.

Por enquanto, a maior parte do acervo está em inglês. Os criadores já trabalham no aperfeiçoamento do programa para ampliar a detecção por semelhanças em qualquer idioma por meio de traduções automáticas. Conforme o professor, isso vai tornar inútil a tradução dos trechos copiados para disfarçar a fraude.

A Unesp também ajudará a abastecer a base de busca com literatura em língua portuguesa, informa Grandini. "Isso protegerá nossas pesquisas, que serão indicadas pelo sistema quando alguém no exterior tentar usá-las indevidamente."

Tendência internacional - O Turnitin já é empregado por mais de 2,5 mil universidades no mundo, incluindo algumas instituições americanas de renome como a Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), a Escola de Medicina da Universidade de Harvard e a Universidade da Flórida.

A London School of Business e a Universidade de Cambridge, ambas na Inglaterra, também estão na lista dos usuários do programa no exterior, acompanhando a Universidade de Toronto, no Canadá, e outras de países como Bélgica, Espanha, Portugal, Turquia, Peru, Uruguai e Porto Rico.

A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) é uma das instituições nacionais que já negociam com o fabricante a adoção do Turnitin. A USP e a Unicamp também discutem a aquisição dessa e de outras ferramentas com o mesmo propósito.

Fonte: Jornal da Ciência

Investimento em acervos de pesquisa

A Fapesp anunciou o resultado da Chamada de Propostas do Programa de Apoio à Infraestrutura de Museus, Centros Depositários de Informações e Documentos e de Coleções Biológicas.

O anúncio foi feito por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação, na cerimônia de abertura das comemorações de 50 anos da entidade, na segunda-feira (23).

Foram selecionados 40 projetos, dos 85 apresentados em resposta à Chamada de Propostas 16/2009, que serão contemplados com investimentos de mais de R$ 24 milhões para implantação de concepções inovadoras de armazenamento, organização e disponibilização de acervos ao longo de um ano.

O objetivo do investimento é fortalecer e modernizar entidades que abrigam acervos de informações, documentos e coleções biológicas relevantes para o desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica.

Entre os projetos aprovados estão a criação de instalações para abrigar coleções zoológicas do Instituto Butantan, a modernização do Arquivo Público do Estado de São Paulo, a reorganização de sistemas da Pinacoteca do estado, a disponibilização on-line da Coleção Anita Malfatti e a organização completa do acervo do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi.

Para a seleção, foram considerados fatores como a relevância da coleção, o caráter inovador do projeto, a facilitação do acesso às informações e a capacidade da instituição de manter e ampliar regularmente sua coleção.

O apoio inclui a compra de equipamentos, mobiliário específico para armazenamento e outros materiais para a adequada instalação e preservação do acervo.

Os recursos também podem cobrir despesas com serviços necessários para a catalogação e informatização, de forma proporcional à contrapartida oferecida pela instituição para pagamento de pessoal, que também deve incluir o espaço para perfeita instalação de materiais, obras e documentos.

"A competitividade depende de infraestrutura de equipamentos e materiais. De 2005 a 2010, a Fapesp investiu R$ 283 milhões em infraestrutura de pesquisa - em institutos de pesquisa e universidades públicas e privadas - no estado de São Paulo", disse Brito Cruz.

O Apoio à Infraestrutura de Museus, Centros Depositários de Informações e Documentos e de Coleções Biológicas é uma das modalidades do Programa de Apoio à Infraestrutura de Pesquisa, criado emergencialmente em 1994 e que mantém, desde 1999, canais permanentes de aplicação de recursos na manutenção e aperfeiçoamento da infraestrutura.

Esse programa investiu R$ 154 milhões nos últimos três anos e reúne os programas Equipamentos Multiusuários, FAP-Livros - com mais de R$ 100 milhões investidos na aquisição de livros, periódicos e e-books para bibliotecas das instituições de ensino superior e pesquisa paulistas, - Reserva Técnica para Infraestrutura Institucional de Pesquisa, manutenção da conectividade da rede acadêmica de São Paulo (Rede ANSP) à internet e outros.

Mais informações: www.fapesp.br/centrosdepositarios.

Fonte: Jornal da Ciência