sábado, 14 de maio de 2011

"Torre de Babel" de livros

Uma torre de 28 metros de altura, em formato de rampa circular, toda feita de aço e dezenas de milhares de livros, foi inaugurada na quarta-feira (11/5/2011) em Buenos Aires para marcar a gestão da cidade como Capital Mundial do livro de 2011, título designado pela Unesco.
A obra da artista plástica argentina Marta Minujín, reuniu mais de 30 mil exemplares de 54 países, inclusive do Brasil.
A torre está instalada na Praça San Martín, no centro da cidade, e pode ser percorrida até 27 de maio, quando será desmontada.

Apreciem as fotos desta fantástica obra/exposição:




"A ideia é unir todas as raças através do livro", explicou a artista sobre a sua obra monumental inaugurada, ontem, e que ficará na praça San Martin até ao final de maio.
Os seus sete andares podem ser subidos gratuitamente por grupos de até 100 pessoas e a visita será acompanhada por uma banda sonora criada por Marta Minujin, que dá a ouvir a palavra "livro" em todas as línguas do mundo.

Perto de metade dos livros que serviram de "tijolos" para a construção da torre foi oferecida por 50 embaixadas em Buenos Aires, mas a outra metade vem de doações de milhares de pessoas mobilizadas graças a uma campanha pública para esta "obra de participação maciça", nas palavras da artista.

No último dia de exposição da peça os visitantes poderão escolher um livro na língua da sua preferência e levá-lo.
Alguns dos outros livros serão dados a bibliotecas e os restantes serão catalogados e formarão a primeira coleção multilingue da capital argentina, batizada como Biblioteca de Babel, em homenagem à "criatividade e à cultura de todos os povos do mundo", indicou.
No rés-do-chão da torre, podem ver-se obras de literatura, história e geografia mundiais. O primeiro e o segundo andares são dedicados a livros do continente americano, o terceiro e o quarto à Europa, o quinto e o sexto à Ásia.
Esta Torre de Babel lembra uma outra criação de Marta Minujin, o Partenon dos Livros, construído em 1983 em Buenos Aires com títulos proibidos durante a ditadura militar (1976-83), para uma reflexão sobre a censura.
Conhecida pelas suas criações "habitáveis" formadas por outros materiais como almofadas ou garrafas, que convidam o público a entrar na obra para a viver, Marta Minujin é uma pioneira do maior movimento artístico dos anos 1960 na Argentina, o Institut Di Tella.

2 comentários:

  1. Incrível essa exposição, uma boa idéia da artista.

    ResponderExcluir
  2. Muito bacana a obra de arte! O motivo pelo qual foi formada também é interessante. Mas a artista devia ter lembrado que uma das maiores funções da Torre de Babel era a de centralizar o conhecimento, eles falavam uma única língua e praticavam os mesmos hábitos. A torre foi destruída justamente para diversificar culturalmente os povos.

    Argentinos, argentino... mesmo assim, parabéns aos Hermanos!!

    ResponderExcluir